A Volkswagen iniciou nesta semana a produção nacional do novo Polo, que chega às lojas brasileiras entre outubro e novembro. O hatch será o primeiro fruto da “maior ofensiva de produtos da história da montadora no País”. Para a fabricação local do Polo e do sedã Virtus, que estreia no primeiro trimestre de 2018, a Volkswagen investiu pesado na unidade de Anchieta, em São Bernardo do Campo (SP). A dupla de compactos recebeu um total de R$ 2,6 bilhões, que inclui o desenvolvimento e a modernização de vários setores da fábrica.
Para a marca alemã, este início de produção do Polo coincide com o aniversário de 60 anos do início da montagem na Kombi. A primeira unidade da “velha senhora” saiu da linha de montagem de Anchieta em 2 de setembro de 1957 — foi o primeiro modelo nacional, na primeira fábrica da Volkswagen fora da Alemanha. “É um momento de felizes coincidências. Sessenta anos depois, estamos iniciando na Anchieta a produção de um modelo que representa o nascimento de uma Nova Volkswagen”, pontuou David Powels, presidente e CEO da Volkswagen do Brasil e América do Sul.
Novo Polo em Pílulas
Tal como fazem outras marcas, a Volkswagen está revelando o novo Polo em etapas. A cada semana são anunciadas “pílulas” do hatch. Desta vez, a montadora aproveitou a cerimônia de início de produção para confirmar que o compacto terá versões aspirada e turbo do motor 1.0 de três cilindros. No comunicado, a fabricante também informa que o Polo nacional terá uma dianteira “exclusiva”, com diferenças em relação ao Polo europeu. Já a suspensão foi elevada em 20 milímetros, para se adequar ao pavimento daqui.
Mas a despeito das peculiaridades, o Polo nacional será — no esqueleto — quase o mesmo que o produzido na Europa. Ambos usam a plataforma modular MQB, que servirá de base para todos os próximos carros de passeio da marca. A estrutura combina aços de alta e ultra resistência moldados a quente, que exigiram novo maquinário. Só a estamparia da fábrica recebeu 214 novas ferramentas, enquanto a armação ganhou 373 robôs de última geração, que operam soldas a laser. Pintura e montagem também foram implementadas.
“O ano de 2017 marcará a virada de página da Volkswagen do Brasil. A empresa está se reinventando com diversas ações e uma nova mentalidade ainda mais alinhada com as expectativas dos nossos clientes”, completou David Powels.
SUV e Picape inéditos
Durante o evento na fábrica de Anchieta, Powels voltou a falar de outros lançamentos que estão a caminho. Sem citar nomes, o executivo reafirmou que um SUV compacto (T-Cross) e uma picape — ambos inéditos — serão lançados no Brasil nos próximos meses. Os dois utilitários nascerão da mesma plataforma de Polo e Virtus, denominada MQB-A0. Há ainda um terceiro crossover, o T-Roc, referenciado como SUV do Golf. Mas antes dos três, a montadora lança por aqui o novo Tiguan na versão alongada Allspace, de sete lugares.
No caso da caminhonete, a VW quer disputar o segmento inaugurado por Fiat Toro e Renault Duster Oroch entre o fim de 2015 e o início de 2016. A picape “meio-média” está sendo criada no Brasil e terá muitos elementos do T-Cross. Versões de base devem adotar o 1.0 TSI (turbo) associado ao câmbio manual de cinco marchas, enquanto as de topo ficariam com o 1.4 TSI de 150 cv. Tal como a Fiat Strada, a Saveiro seguirá em linha. Dessa forma, a montadora terá três caminhonetes no mercado — contando a Amarok no topo.