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O Centro Universitário Belas Artes de São Paulo destaca-se na Bienal de Arquitetura 2017 que acontece em Seul, na Coréia do Sul. Única instituição de ensino brasileira, e da América Latina, presente no evento – ao lado de grandes instituições de ensino como Harvard, MIT, Royal College of Arts, Princenton, Delft, Texas Tech, Politécnica de Lausanne e muitas outras – a escola representa a cidade de São Paulo na exposição internacional cujo objetivo é discutir como as cidades estão se preparando para enfrentar os desafios colocados pela condição contemporânea (como os problemas de desigualdades econômicas e sociais, os problemas energéticos e ambientais, entre outras questões urbanas relevantes) no sentido de garantir o acesso e o direito aos bens comuns.
Capitaneado pela professora e arquiteta Denise Xavier, o projeto “São Paulo Food Circuit” mostra os diferentes circuitos de produção, distribuição e consumo dos alimentos na cidade de São Paulo. Com base em um estudo já existente da Prefeitura, o grupo composto também pelos professores arquitetos Antonio Rodrigues Netto (coordenador do curso de Arquitetura e Urbanismo da instituição), Kazuo Nakano, Jaime Martin Vega Rocobado, Denivaldo Pereira Leite, os arquitetos formados na instituição Rodrigo de Moura, Ivan Alves Pereira e as alunas do curso de arquitetura e urbanismo Viviana Lumi Okazaki, Letícia Aguida Medeiros e Bruna Belfiore, criou uma instalação que demonstra os vários circuitos de produção, distribuição, consumo, descarte e reciclagem dos alimentos presentes na cidade de São Paulo – além de apresentar como a questão do acesso a boa alimentação impacta na qualidade de vida e a questão ambiental da cidade. A ideia é elucidar as iniciativas e alternativas de soluções para tentar melhorar o acesso da população a boa alimentação.
Localizado no Dongdaemun Design Plaza, complexo multiuso projetado pela arquiteta iraquiana Zaha Hadid, o estande do Centro Universitário representa o fluxograma das entradas de alimentos em São Paulo até os usuários finais. Na cidade, os circuitos alimentares de curta distância que ligam e aproximam os locais de produção, armazenamento, distribuição e consumo de alimentos saudáveis e naturais, produzidos sem pesticidas, ajudam a conter a expansão urbana precária e informal nas periferias, especialmente nas áreas de mananciais.
Considerando ainda questões de desperdícios, má nutrição e obesidade a mostra apresenta os circuitos saudáveis, conectando a produção orgânica a vários polos de distribuição e consumo de alimentos agrícolas que já existem no município de São Paulo. Esses locais necessitam de ações que promovam conexões mais fortes entre eles. Tais ações podem conformar circuitos alimentares curtos e descentralizados, em contraponto aos circuitos longos e centralizados.
Mais Belas Artes em Seul
Também da Belas Artes, o professor arquiteto Alexandre Kuroda, mestre pela Design Research Lab da Architectural Association (AA), em Londres, e que também atuou como profissional nos escritórios Zaha Hadid Architects, no Königsberger Vannucchi Arquitetos Associados e no Defournier Arquitetos, além de fundador do estúdio de arquitetura Alexandre Kuroda + Arquitetos, baseado em São Paulo, ganhou o concurso do projeto Estande Seul da União Internacional dos Arquitetos (UIA) ao lado dos arquitetos Renata Portelada e Thomas Takeuchi e dos estudantes de arquitetura Caio Cavalcanti e Isadora Tebaldi, para representar representar o Brasil no 26º Congresso Mundial de Arquitetos da União Internacional dos Arquitetos (UIA), que acontece entre 3 e 10 de setembro.
A participação do Centro Belas Artes de São Paulo na Bienal de Seul 2017 é mais uma iniciativa internacional da instituição. No primeiro semestre, a escola esteve no maior evento de tecnologia do mundo, o SXSW, com um painel do professor Alexandre Kuroda e com a exposição do projeto “Habitação em Marte” criado pelo aluno de arquitetura recém-formado, Luiz Paulo Pegorar. Além disso, o Centro Universitário levou oito alunos para o Salão Satélite de Milão – espaço dentro do Salão do Móvel voltado para jovens designers – onde eles também representaram o Brasil no estande da única instituição de ensino brasileira no evento.
