A Toyota começou a apresentar suas novidades para o Salão de Tóquio e poucas serão tão chamativas quanto o conceito Tj Cruiser, uma das estrelas do motorshow que começará no dia 21 de setembro. A própria marca bem define o utilitário como o cruzamento de um SUV com Van. De acordo com o fabricante, o nome Tj é uma referência dupla: o T remete a uma caixa de ferramentas (Toolbox) e o j diz respeito ao prazer (joy), uma forma de dizer que o carro é prático e permitirá a você chegar aonde quer.
Já a denominação Cruiser (cruzador) diz respeito ao espírito estradeiro e já foi usada por outros modelos da Toyota, em especial o Fj Cruiser, SUV retrô inspirado no clássico Bandeirante e que está se despedindo da linha. A aposentadoria abre espaço para uma versão de produção do Tj Cruiser.
Ainda não foram liberados muitos dados mecânicos e especificações de tamanho, porém, dá para notar que o porte é de médio e há apenas lugar para quatro ocupantes. O estilo robusto aposta quase que exclusivamente em linhas retas, quebradas apenas pelos para-lamas ressaltados e pelas rodas e pneus enormes, característicos dos SUVs. O material aplicado no capô e tampa, no teto e nos para-lamas utiliza uma cobertura mais resistente a arranhões. O jeitão quadrado é típico das vans, cujas formas exteriores não costumam interferir com o volume de carga da carroceria, tal como as portas corrediças traseiras.
A praticidade também remete aos veículos de carga. Além das amplas portas, ele tem bancos totalmente rebatíveis, cujos encostos ficam alinhados ao piso e têm revestimentos resistentes e pontos de ancoragem para permitir a alocação de volumes pesados, cujo embarque é facilitado também pela enorme tampa traseira. Há também trilhos corrediços com ganchos para amarração de cargas a meia altura e no teto da cabine.
Dá para levar objetos com mais de três metros de comprimento, o suficiente para pranchas de surfe ou bicicletas. O assento do banco do passageiro também pode ser escamoteado para cima para abrir espaço para compras.
A inspiração retilínea vale também para o interior, o painel tem linhas predominantemente retas e guarda espaço para o quadro de instrumentos digital na parte superior. Nem mesmo o volante fugiu deste estilo e aposta em um desenho estilo retângulo de bordas arredondadas. O revestimento da peça e dos bancos parece investir em couro.
Informações de entretenimento e outros sistemas como ar-condicionado ficam concentradas em uma única tela digital sensível ao toque. O console guarda espaço apenas para a alavanca de câmbio, freio de mão eletrônico e um botão para acionar o modo puramente elétrico.
Plataforma de Híbrido
De certa forma, o conceito também serve para demonstrar o quanto é flexível a nova plataforma TNGA, a nova arquitetura global da Toyota (Toyota New Global Architecture). Nascida já para ser usada em híbridos, a nova arquitetura global permitiu o uso de um motor 2.0 a gasolina associado a um propulsor elétrico. A tração é na dianteira, mas o 4X4 está disponível.
A base está no novo Prius vendido no Brasil e será aplicada na nova geração do Corolla, que não chegará antes de 2019. É uma arquitetura mais sofisticada, por isso mesmo, o compacto nacional Yaris utiliza a base emergente do grupo, uma forma de cortar custos do projeto.