A balança comercial paulista acumulou um superávit de US$ 3,2 bilhões nos primeiros nove meses de 2017. No período, as exportações do Estado avançaram 11,1%, para US$ 43,9 bilhões, enquanto as importações cresceram 5,3%, para US$ 40,7 bilhões, em comparação com os mesmos meses de 2016. Os dados são do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos (Depecon) e do Departamento de Relações Internacionais e Comércio Exterior (Derex) da Fiesp sobre o desempenho das 39 diretorias regionais do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp).
A diretoria regional de São Paulo foi a principal exportadora do Estado, com destaque para a venda de açúcar e grãos. Os embarques totais desta regional somaram US$ 6,2 bilhões de janeiro a setembro, retração de 6,4% na comparação interanual. Do lado das importações, a pauta da regional de São Paulo foi encabeçada por combustíveis, máquinas e materiais elétricos, somando US$ 7,6 bilhões, número 8,9% maior que igual período de 2016.
Na segunda posição no ranking de principais exportadores do Estado, a diretoria regional de São José dos Campos se destacou pelo crescimento do volume no período analisado, um avanço de 31% contra 2016. Na contramão, as importações desta diretoria regional recuaram 42,1% na mesma base de comparação, o que resultou no maior saldo comercial dentre todas as regionais do Estado, US$ 4,3 bilhões, com crescimento de 191% sobre o saldo apurado em igual período do ano anterior.
Foram destaque também as diretorias regionais de São Bernardo do Campo, quarta maior exportadora do Estado, com crescimento expressivo tanto das exportações quanto das importações (25,8 e 23,3%, respectivamente) e o reflexo da retomada do setor automobilístico, e de Campinas, que apresentou a segunda maior corrente de comércio dentre as regiões analisadas pela Fiesp, sobretudo em virtude do aumento de 33,3% das importações de máquinas e aparelhos elétricos ante o ano passado.
Na opinião do diretor titular do Derex, Thomaz Zanotto, os resultados da balança comercial paulista nos primeiros nove meses do ano refletem o bom desempenho do setor exportador como um todo, tanto de produtos básicos como de manufaturados. O crescimento das importações, sobretudo de bens de capital e de insumos, também é um indicador positivo de retomada gradual da atividade econômica no Estado e no país.
De janeiro a setembro de 2017, a balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 53,3 bilhões, segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). Trata-se de um saldo recorde, superior inclusive ao total registrado em 2016. Foram US$ 164,6 bilhões em exportações e US$ 111,3 bilhões em importações, aumentos de 18,1% e 7,9%, respectivamente, na comparação interanual.