São Paulo (SP) – A EF Education First, empresa de educação internacional, anunciou nesta quarta-feira os resultados do EF EPI 2017, sétima edição da mais abrangente classificação mundial do nível de conhecimento de inglês entre adultos de países que não têm a língua inglesa como idioma nativo. O Brasil caiu uma posição no ranking que avaliou, através de testes de inglês online, gramática, leitura e compreensão, mais de um milhão de adultos – o maior número até hoje – de 80 países e territórios. Apesar de a pontuação final (51,92 pontos) ter sido um pouco acima do número registrado em 2016 (50,66), o Brasil desceu de 40º para 41º na classificação geral, atrás, por exemplo, da Argentina (25º), Índia (27º), China (36º) e Rússia (38º). O relatório mantém os brasileiros no nível de baixa proficiência no idioma, mesma classificação dos últimos quatro anos. O resultado só não foi pior do que o apontado em 2012, na segunda edição do estudo, quando o nível de proficiência dos brasileiros foi classificado como “muito baixo”. Holanda, Suécia e Dinamarca voltaram a se destacar no relatório, ficando com as três primeiras posições, com nível de proficiência muito alta, e o Laos obteve o pior resultado, sendo o último colocado entre os países com proficiência muito baixa.
O levantamento também disponibilizou um ranking dos estados brasileiros (ver a figura abaixo) e criou uma premiação, o EPI Award, para as diferentes regiões. De acordo com o EF EPI 2017, o Distrito Federal, vencedor do prêmio na categoria melhor estado, apresenta o melhor inglês, seguido de Rio Grande do Sul, Paraná, São Paulo e Santa Catarina, todos com índice de proficiência moderado. Classificado em sexto lugar, o Mato Grosso do Sul ficou com o prêmio de estado que mais evoluiu. No ano passado, havia ficado com a nona colocação, somando 49,30 pontos e, este ano, alcançou 52,48 pontos. O estado com a pior classificação no ranking é o Mato Grosso, com proficiência muito baixa. O estudo também considerou a classificação por cidades. Brasília garantiu o prêmio de melhor cidade, e Campinas e Curitiba foram a segunda e terceira colocadas, respectivamente. O EF EPI Award de cidade que mais evoluiu foi para São José dos Campos, que subiu da sétima colocação, em 2016, para o quinto lugar este ano.
O EF EPI 2017 classificou os países e territórios com base em dados de mais de um milhão de adultos que fizeram o EF Standard English Test (EF SET), primeiro teste de inglês padronizado e gratuito do mundo. O teste fornece acesso a um conteúdo de alta qualidade e está disponível on-line (www.efset.org). Desenvolvido em parceria grandes especialistas em avaliação de idiomas, testes em grande escala e psicometria, o EF SET vem sendo usado em todo o mundo por milhares de escolas, empresas e governos, onde testes de grande escala costumavam ser muito caros.
Mais do que um ranking de classificação de proficiência em inglês, o EF EPI se propõe a contribuir com constantes discussões sobre a importância estratégica do inglês no mundo de hoje. O relatório apresenta correlações entre o inglês e uma série de indicadores socioeconômicos, incluindo economia e comércio, tecnologia, inovação e índice de desenvolvimento humano. Além disso, o EF EPI 2017 identifica os perfis de 20 importantes iniciativas de aprendizagem da língua inglesa em todo o mundo, desde reformas curriculares e treinamentos de professores até plataformas de aprendizagem on-line para profissionais. Essas iniciativas mostram a amplitude de abordagens que os países podem adotar para melhorar a proficiência em inglês.
“Diante dos altos investimentos que os países, governos e empresas fazem no treinamento de inglês, o EF EPI serve como um recurso valioso para iniciar uma discussão sobre as melhores maneiras de melhorar o nível de inglês de um país”, disse Minh N. Tran, Diretor Senior de Pesquisa da EF. “Na economia global de hoje, as vantagens de aprender inglês transcendem as fronteiras”, completou.
EF EPI-s
Como complemento do EF EPI, também foi lançado o EF EPI-s, índice de proficiência em inglês para escolas, que analisa o aprendizado do idioma por alunos do ensino médio e superior de 26 países. Ao contrário do relatório EF EPI, o EF EPI-s não classifica os países por proficiência em inglês. O objetivo é coletar dados e conclusões dos testes aplicados nas escolas que possam ser úteis para autoridades políticas e educadores. Embora a maioria dos sistemas de ensino do mundo ensine a língua inglesa, as ferramentas de avaliação variam muito de país para país. Consequentemente, não existe uma maneira padronizada de comparar a aquisição das habilidades com a língua inglesa nos níveis de ensinos médio e superior. O EF EPI-s visa preencher essa lacuna, fornecendo uma plataforma de avaliação gratuita da língua inglesa e este relatório com comparações internacionais.
Mais sobre o EF EPI 2017
Europa
O continente tem os mais altos níveis de intercâmbio. Países do norte europeu são os melhores falantes de inglês não nativos do mundo. Na Europa, as iniciativas para melhorar a proficiência geralmente envolvem reformas curriculares e avaliações no sistema de educação pública.
Ásia
A proficiência em inglês média dos adultos na Ásia é a segunda maior do mundo, atrás apenas da Europa. No entanto, a região possui as maiores disparidades de proficiência. Singapura, Filipinas e Malásia estão entre os países com proficiência muito alta e alta, enquanto o Camboja e o Laos estão entre os 10% mais baixos. Os países da Ásia estão interessados em melhorar a proficiência em inglês e têm investido em diferentes projetos, desde iniciativas abrangentes de reciclagem para professores até projetos em pequena escala que aumentam a exposição para os falantes nativos de inglês.
América Latina
Os países da América Latina estão ficando cada vez mais semelhantes no que diz respeito à proficiência em inglês, com apenas dez pontos separando a Argentina, o país de maior proficiência, de El Salvador, o país de proficiência mais baixa. Os resultados educacionais ruins são o principal desafio na região, onde muitos não têm nível básico de matemática ou sequer foram alfabetizados. A maior parte dos programas para melhorar a proficiência em inglês na América Latina se concentra em financiar cursos para professores ou o intercâmbio de estudantes para a América do Norte. Outras iniciativas inovadoras também estão em andamento, incluindo um programa que usa a tecnologia para oferecer aulas de inglês de alta qualidade ministradas por professores de outros países.
África
Os adultos africanos apresentam baixa proficiência em inglês, com exceção dos adultos da África do Sul. Muitos países apresentam baixos níveis de alfabetização entre adultos e têm enfrentado dificuldades de longa data no que diz respeito ao oferecimento de educação para alunos das áreas rurais e urbanas pobres. Em algumas áreas da África, muitas crianças nunca foram para a escola. Sendo assim, não é de se surpreender que esses países não tenham priorizado o ensino da língua inglesa. Os países africanos estão buscando uma variedade de abordagens para melhorar seus níveis de proficiência em inglês, entre elas a reciclagem dos professores e o aumento da visibilidade do inglês como língua estrangeira.
Oriente médio
Em comparação com o ano passado, a proficiência em inglês melhorou ligeiramente em quase todos os países do Oriente Médio, com a Arábia Saudita fazendo o maior progresso. Ainda assim, a proficiência em inglês média por toda a região permanece muito fraca para uso acadêmico ou profissional. No Oriente Médio, os governos tendem a impulsionar as iniciativas de ensino da língua inglesa em programas destinados a modernizar ou ignorar uma parte específica do sistema de educação que não atende aos padrões internacionais. Os Estados do Golfo mais ricos geralmente se concentram no investimento em tecnologia e bolsas de estudo no exterior.
Alguns destaques do EF EPI 2017:
- A América Latina ainda está abaixo da média global, apesar do melhor desempenho de países como Colômbia e Panamá.
- O Brasil continua na categoria de proficiência baixa em inglês e mantém a última colocação na comparação com os Brics (Brasil, Rússia, Índia e China).
- Apesar da pontuação inferior à do ano passado, a Argentina é a melhor colocada da América Latina, com proficiência moderada. O Brasil fica em quarto lugar na região, atrás também da República Dominicana e da Costa Rica.
- Pela primeira vez, a África foi incluída no EF EPI como uma região distinta, com nove países africanos representados. Os resultados mostram que a África tem a maior diferença de gênero, com as mulheres africanas superando os homens e pontuando acima da média global.
- A Europa é lider em proficiência em inglês, com oito países europeus no top 10. O Oriente Médio ocupa as posições mais baixas.
- A Ásia tem a segunda melhor proficiência do mundo, mas a maior diferença entre as pontuações individuais dos países.
- As mulheres falam inglês melhor do que os homens, embora a diferença seja mais apertada para algumas regiões do mundo do que nas edições anteriores do EF EPI.
- A proficiência em inglês está ligada à competitividade econômica, ao desenvolvimento social e à inovação. Países com maior proficiência em inglês tendem a ter maiores rendimentos médios, qualidade de vida e investimento em pesquisa e desenvolvimento.
Veja abaixo o ranking EF EPI 2017. O relatório completo do EF EPI 2017 pode ser encontrado no endereço www.ef.com.br/epi/
Posição | País | EF EPI Faixa de Proficiência |
1 | Holanda | Muito Alta |
2 | Suécia | Muito Alta |
3 | Dinamarca | Muito Alta |
4 | Noruega | Muito Alta |
5 | Singapura | Muito Alta |
6 | Finlândia | Muito Alta |
7 | Luxemburgo | Muito Alta |
8 | África do Sul | Muito Alta |
9 | Alemanha | Alta |
10 | Áustria | Alta |
11 | Polônia | Alta |
12 | Bélgica | Alta |
13 | Malásia | Alta |
14 | Suíça | Alta |
15 | Filipinas | Alta |
16 | Sérvia | Alta |
17 | Romênia | Alta |
18 | Portugal | Alta |
19 | Hungria | Alta |
20 | República Tcheca | Alta |
21 | Eslováquia | Alta |
22 | Bulgária | Moderada |
23 | Grécia | Moderada |
24 | Lituânia | Moderada |
25 | Argentina | Moderada |
26 | República Dominicana | Moderada |
27 | Índia | Moderada |
28 | Espanha | Moderada |
29 | Hong Kong | Moderada |
30 | Coreia do Sul | Moderada |
31 | Nigéria | Moderada |
32 | França | Moderada |
33 | Itália | Moderada |
34 | Vietnã | Moderada |
35 | Costa Rica | Moderada |
36 | China | Baixa |
37 | Japão | Baixa |
38 | Rússia | Baixa |
39 | Indonésia | Baixa |
40 | Taiwan | Baixa |
41 | Brasil | Baixa |
42 | Macau | Baixa |
43 | Uruguai | Baixa |
44 | México | Baixa |
45 | Chile | Baixa |
46 | Bangladesh | Baixa |
47 | Ucrânia | Baixa |
48 | Cuba | Baixa |
49 | Panamá | Baixa |
50 | Peru | Baixa |
51 | Colômbia | Baixa |
52 | Paquistão | Baixa |
53 | Tailândia | Baixa |
54 | Guatemala | Baixa |
55 | Equador | Baixa |
56 | Tunísia | Baixa |
57 | Emirados Árabes Unidos | Baixa |
58 | Síria | Muito Baixa |
59 | Catar | Muito Baixa |
60 | Marrocos | Muito Baixa |
61 | Sri Lanka | Muito Baixa |
62 | Turquia | Muito Baixa |
63 | Jordânia | Muito Baixa |
64 | Azerbaijão | Muito Baixa |
65 | Irã | Muito Baixa |
66 | Egito | Muito Baixa |
67 | Cazaquistão | Muito Baixa |
68 | Venezuela | Muito Baixa |
69 | El Salvador | Muito Baixa |
70 | Omã | Muito Baixa |
71 | Mongólia | Muito Baixa |
72 | Arábia Saudita | Muito Baixa |
73 | Angola | Muito Baixa |
74 | Kuwait | Muito Baixa |
75 | Camarões | Muito Baixa |
76 | Argélia | Muito Baixa |
77 | Camboja | Muito Baixa |
78 | Líbia | Muito Baixa |
79 | Iraque | Muito Baixa |
80 | Laos | Muito Baixa |
Sobre a EF
A EF Education First (www.ef.com) é uma empresa de educação internacional focada no ensino de idiomas, programas acadêmicos e experiências culturais. Fundada em 1965, a missão da EF é abrir ao mundo através da educação. Com 500 escolas e escritórios em mais de 50 países, a EF foi a Fornecedora Oficial de Treinamento de Línguas dos Jogos Olímpicos Rio 2016. O EF EPI é publicado pela EF Learning Labs, a divisão de pesquisa e inovação da EF Education First.