Diretor da Faculdade CNA apresenta caminhos para qualificação profissional no setor rural

O engenheiro agrônomo e advogado, Abdon Miranda Júnior reforçou ao público de 400 pessoas, a importância do aperfeiçoamento profissional – Foto: Divulgação

O engenheiro agrônomo e advogado, Abdon Miranda Júnior reforçou ao público de 400 pessoas, a importância do aperfeiçoamento profissional – Foto: Divulgação

“Mato Grosso do Sul tem uma missão muito importante no cenário nacional que é aumentar a participação nacional na produção de alimentos e vocês, jovens são convidados a participar por meio da qualificação profissional”, afirmou o diretor-geral da faculdade CNA – Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil, Abdon Miranda Júnior durante palestra realizada na última quinta-feira (13), plenário Júlio Maia, da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul.

O engenheiro agrônomo e advogado foi um dos expositores da Semana Estadual de Jovens Empreendedores, promovida pela Casa de Leis e proposta pelo deputado estadual Márcio Fernandes (PT do B) e apresentou para um público de 400 participantes, detalhes sobre os cursos e programas educacionais do Senar – Serviço Nacional de Aprendizagem, entre eles: FPR – Formação Profissional Rural, PS – Promoção Social, Rede e-Tec e a Faculdade CNA com curso de graduação e pós-graduação.

Segundo Miranda, com a implantação do programa de Assistência Técnica e Extensão Rural, a instituição identificou a necessidade de aprimorar os programas educacionais com foco em atividades rurais. “Aproveitamos a parceria com o governo federal e participamos ativamente da realização do Pronatec – Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego e Rede e-Tec. Os resultados obtidos com as turmas formadas e em andamento comprovam que os cursos estão mudando a realidade dos pequenos municípios brasileiros”, acrescentou.

Na avaliação de Miranda, a educação profissional está atrelada a todos os setores da sociedade e o setor rural está se reconfigurando para atender a demanda por profissionais especializados. “O Senar vem acompanhado esta evolução e oferece diversas oportunidades para que os jovens estudem e empreendam. Um momento que será importante para Mato Grosso do Sul é a Bienal da Agricultura, visto que os profissionais e acadêmicos do setor terão oportunidade de trocar experiências e informações valiosas para melhoria do agronegócio na região Centro-Oeste”, esclareceu.

Qualificação X empreendedorismo – O público que prestigiou o ciclo de palestras referentes a empreendedorismo acompanhou com atenção as informações fornecidas pelo diretor da Faculdade CNA e alguns se surpreenderam com as opções de atuação profissional oferecidas no setor agropecuário. Foi o caso do agente de saneamento, Odacir Rodrigues, 25 anos, que participou do evento com os colegas de sala da escola estadual Célia Maria Nagilis. “Não imaginava que o meio rural tivesse tantas opções de qualificação e com a palestra do Senar aprendi um pouco mais. Atualmente divido meu tempo entre o trabalho e os estudos, pois, pretendo entrar numa universidade pública”, revelou.

Na avaliação do representante comercial Altair Graf, 27 anos, o evento possibilitou que os estudantes conhecessem mais sobre empreendedorismo e oportunidades de negócios. “Estou cursando o ensino médio, mas, acredito que as pessoas que investirem em qualificação e empreendedorismo terão sucesso no mercado. Atualmente sou representante da Boulevard Cosméticos, mas, já criei minha loja virtual e atendo os clientes pelas redes sociais, facebook e instragran”, revelou. Sobre as oportunidades do setor agropecuário, o jovem empreendedor destacou: “Nos últimos anos o setor rural voltou a crescer e aumentaram as ofertas profissionais, mas, é preciso buscar aperfeiçoamento, conforme falou o palestrante da CNA”, acrescentou.

Um exemplo de projeto empreendedor e que já recebeu premiações nacionais e internacionais foi o da miniplataforma para coleta de dados agro meteorológicos criada pelos jovens empreendedores Pedro Otávio Rocha, Lucas Moraes e Eduardo da Silva Campos. O aparelho já teve eficácia comprovada e custa 95% mais barato que o convencional, segundo um dos sócios, Pedro Otávio Rocha. “Os aparelhos utilizados nas estações meteorológicas custam em média R$ 20 mil, enquanto que o nosso sai por R$ 600 reais. Nós recebemos várias negativas, mas, isso não impediu que continuássemos acreditando em nosso projeto. O resultado é que já recebemos 16 premiações nacionais e participamos de um evento promovido pela Universidade de Harvard, nos Estados Unidos”, declarou.

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