Brasília (DF) – O procurador-geral do Trabalho, Ronaldo Fleury, enviou ofício ao Ministério do Trabalho (MTb) pedindo informações detalhadas sobre o cancelamento de uma importante operação de fiscalização de trabalho escravo, que seria realizada na região Norte do país neste mês, por falta de passagens aéreas para os auditores do trabalho e policiais rodoviários federais.
No ofício, Fleury reforça que o corte do orçamento na política de combate ao trabalho escravo em 2017 já resultou em uma “drástica redução do número de operações e trabalhadores resgatados”. Dados do Observatório Digital de Trabalho Escravo, do Ministério Público do Trabalho (MPT/OIT), mostram que enquanto em 2016 foram realizadas 106 operações e 658 trabalhadores resgatados, em 2017, os números caíram, respectivamente, para 88 e 341.
Histórico – O ano passado o MPT entrou com Ação Civil Pública contra o Governo Federal para garantir a manutenção das operações de combate ao trabalho escravo, que corriam o risco de ser paralisadas em setembro por falta de recursos. O corte de verbas determinado pelo governo no orçamento do Ministério do Trabalho impedia a realização de novas inspeções pelo Grupo Especial de Fiscalização Móvel (GEFM).