A Índia me chamava atenção não pelo Taj Mahal, mas por seu povo, sua cultura, sua espiritualidade… eu sabia que haveriam momentos difíceis, mas, e daí? Tem coisa melhor do que experimentar algo diferente? Conhecer outras histórias, sair de nossas zonas de conforto tão enraizadas e pré-estabelecidas. Algumas experiências estão aí pra chacoalhar nosso mundo, transformar mesmo, nos mostrar o verdadeiro valor do que está ao nosso redor.
Tenho sede por novas experiências, sede não, necessidade, de que me adianta passar pela vida sem nada mudar? Estamos aqui para evoluir, essa é minha busca.
A senhora que montava colares observando ela sorria, olhar amável, delicadas mãos calejadas, montava cordões de flores e sorria, sorria apenas com os lábios, não é que fosse tímida, era contida, quieta, mas sorria com os olhos e o mais importante, sorria com o coração.
Na Índia a vida pulsa diferente, o tempo, os pensamentos, os desejos… a realidade em si é outra. Nascer na Índia não é algo que apenas observando se consiga entender. Há algo de diferente aqui, que não existe em nenhum outro lugar que já fui. Acho que a palavra é aceitação, pode soar estranho, mas é isso, indianos aceitam, aceitam o presente, as condições… Não é algo que eu consiga explicar com exatidão, mas consigo sentir com todas as partículas enérgicas existentes em meu corpo e alma.
Que essa experiência se torne o começo de uma longa jornada.