O Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais (IBAMA) apreendeu esta semana em uma empresa química que fica localizada em Joinville, no Norte de Santa Catarina, cerca de 430 quilos de mercúrio, que seriam enviados para garimpos ilegais na Amazônia.
De acordo com informações da Assessoria de Comunicação do IBAMA, acredita-se que o produto/metal teria sido importado irregularmente. Os proprietários da empresa foram autuados e multados, e devem responder a processo por crime ambiental.
A ação desencadeada pelo IBAMA aconteceu depois de uma investigação realizada em três Estados brasileiros, tendo as informações sido divulgadas na tarde de terça-feira (06/02) em entrevista coletiva concedida à imprensa.
O IBAMA autuou administrativamente os responsáveis pela empresa, que foi multada em R$ 1,5 milhões por venda ilegal do produto. Os nomes dos envolvidos não forma divulgados.
A empresa foi apontada pelo IBAMA como sendo a maior importadora de mercúrio do país e chegou a comercializar cerca de 6,8 toneladas do produto nos últimos três anos.
Os fiscais do IBAMA verificaram que a empresa, com sede em Joinville, simulava a venda do mercúrio para empresas de fachadas localizadas no município de Várzea Grande, no Estado de Mato Grosso. No endereço de uma dessas empresas funciona uma mercearia.
O uso do mercúrio no território brasileiro é restrito, pois o metal é extremamente poluente e nocivo à saúde humana, ocasionando ainda sérios danos ao meio ambiente.
O coordenador-geral de fiscalização ambiental do IBAMA, Renê Luiz de Oliveira, disse o comércio ilegal deste produto serve para fomentar a existência de garimpos ilegais, resultando na destruição da fauna e flora da Amazônia, ocasionando riscos a população da região, principalmente indígenas, as maiores vítimas.
Técnicos do IBAMA irão monitorar a chegada de um navio proveniente do Oriente Médio que está trazendo um carregamento de mercúrio para a empresa catarinense, foi notificada a prestar informações sobre essa importação. Ela teve as atividades suspensas por tempo indeterminado.
Em nota, a Empresa Quimidrol, alvo da investigação do IBAMA, disse as atividades não foram suspensas e que os proprietários irão se manifestar sobre o caso após serem notificados.
Os relatórios elaborados pelos técnicos do IBAMA devem ser encaminhados ao Ministério Público Federal (MPF) e a Polícia Federal (PF).
Até o fechamento desta reportagem, o IBAMA não divulgou informações sobre o destino dado ao material apreendido.
Com informações da Assessoria de Comunicação do IBAMA