O objetivo do estudo é questionar as razões para a baixa representatividade feminina na política do Brasil e do mundo.
Dos 186 países analisados, apenas 29 têm mulheres como chefes de governo ou chefes de Estado. Isso mostra que mais de 92% dos habitantes mundiais são governados por líderes do sexo masculino.
No Brasil, 95% das mulheres que saem candidatas aos governos dos Estados não se elegem. E só em 2010 tivemos a primeira presidente mulher na história do país.
O ranking mostra a evolução da participação feminina no poder Executivo nos últimos anos. Seguindo esse ritmo de crescimento, o número de mulheres e homens no comando das cidades só será igual em 2038, daqui 20 anos. E a igualdade de gênero nos governos dos Estados vai demorar ainda mais: só será atingida em 50 anos.
Em 2016, das mais de duas mil candidatas a prefeituras, apenas 639 conseguiram o cargo.
Vinte anos antes, por exemplo, eram apenas 744 mulheres concorrendo, e menos de 200 eleitas.
Marlene Campos Machado, diretora executiva do PMI, enxerga um avanço, mas explicou que o processo de igualdade ainda é lento.
No ranking, o Nordeste é a região com maior presença feminina no poder executivo: são 16% de representatividade.
Em ano de eleição e diante deste cenário, Marlene Campos Machado analisou que é preciso mais engajamento de mulheres nos partidos políticos.
A presidente do PMI também defendeu que recursos de campanha, tempo de TV e fundos eleitorais sejam destinados igualmente para lideranças femininas.
*Informações da repórter Marcella Lourenzetto