O câncer de pele não melanoma corresponde a 30% de todos os tumores malignos registrados no Brasil. Dados do Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (Inca), mostram que atualmente este é o tipo mais frequente no país, sendo esperados 165.580 novos casos para este ano.
De acordo com o Inca, o câncer de pele não melanoma é mais comum em pessoas com mais de 40 anos, sendo relativamente raro em crianças e negros. Vale ressaltar ainda que pessoas de pele clara ou com doenças cutâneas estão mais suscetíveis à doença, que apresenta alto percentual de cura, se for detectada precocemente.
“O câncer de pele não melanoma tem como principais fatores de risco: exposição solar intermitente, fototipos baixos (pele clara, cabelo e olhos claros). Esse tipo de câncer aparece principalmente em áreas fotoexpostas: como face, pescoço, calvo, orelhas, colo, membros superiores e geralmente em pacientes de meia idade e idosos”, explica a dermatologista e especialista em cirurgia de Mohs, da Aliança Instituto de Oncologia, Fernanda Seabra.
Ela acrescenta que na maioria das vezes a doença não tem sintomas, mas pode apresentar coceira ou dor. “Surge inicialmente como uma mancha avermelhada encimada com crosta ou escama branco amarelada, o paciente quando manipula a crosta cai, mas novamente aparece, cresce de maneira progressiva e pode ulcerar. Outras vezes aparecem como lesão elevada”, estaca a dermatologista.
Confira dicas para prevenir o câncer de pele não melanoma:
1- Evite exposição solar entre 11h e 15h,
2- Faça uso diário de protetor solar com fator de proteção mínima 30 (FPS 30) mesmo em dias nublados,
3- Use roupas com proteção UV, chapéus e bonés
4- Reaplique o protetor a cada 3 horas,
5- Em caso de aparecimento de novas lesões ou mudança de pinta ou sinal procure seu dermatologista.
Tratamento
Segundo a dermatologista, o tratamento para o câncer de pele não melanoma é cirúrgico, salvo em casos especiais. “O prognóstico depende do diagnóstico precoce e tratamento adequado. As chances de cura dependem do estágio do tumor no momento do diagnóstico. Hoje, dispomos de técnica avançada, a Cirurgia Micrográfica de Mohs, que permite a retirada do câncer e a análise de todo o material no mesmo tempo cirúrgico, nesses casos os índices de cura são maiores e próximos a 100%”, complementa.