“A constituição é o bem maior da soberania de uma nação e temos em Mato Grosso do Sul uma situação clara de desrespeito constitucional. O direito de propriedade está sendo ignorado com as invasões indígenas e a violência gerada por elas. Por isso, precisamos apurar responsabilidades”. Com essa afirmação, o presidente da Famasul – Federação da Agricultura e Pecuária de MS, Maurício Saito, manifestou apoio à proposição da deputada estadual, Mara Caseiro, de criar uma CPI – Comissão Parlamentar de Inquérito para investigar a atuação do Cimi – Conselho Indigenista Missionário.
O apoio foi declarado em reunião na manhã desta terça-feira (01), na Assembleia Legislativa, com a presença do presidente da Assembleia, Junior Mochi, e o presidente da Comissão de Assuntos Agrários, Márcio Fernandes. Mara Caseiro justificou a criação da CPI afirmando que, depois de tantas tentativas de esclarecimento, os relatos mostram que há incitação para que os índios invadam as propriedades. “É preciso ver o que tem de verdade em tudo isso e entender de fato qual a responsabilidade do CIMI”, disse a deputada, afirmando que acredita que o maior problema dos indígenas não seja resolvido com terra.
A CPI já tem o número mínimo necessário de votos – oito – para ser instaurada. Mauricio Saito lembrou que as invasões são a causa geradora da violência que gera a insegurança no campo brasileiro. “A vontade pacificadora dos produtores rurais é atropelada a partir do momento em que ocorrem as invasões”. O presidente esteve acompanhado dos diretores da Famasul, Luís Alberto Moreaes Novaes e Thais Carbonaro Faleiros.