Não existe leite materno fraco: todos são ricos em nutrientes e anticorpos que protegem o bebê

A recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) em amamentar bebês até os seis meses, de forma exclusiva, com leite materno, não deve ser ignorada. De acordo com a pediatra do Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos, Miquelina Lucia Santarsiere Etchebehere, o aleitamento materno é capaz de prevenir doenças e suprir as necessidades nutritivas da criança.

Todo esse poder está na composição natural do leite materno, que tem a composição calórico proteica ideal e é rico em anticorpos – classificados como imunoglobulinas. São essas moléculas que auxiliam na prevenção de doenças no bebê. Segundo a médica, a transferência de anticorpos maternos ajuda a evitar processos alérgicos e doenças autoimunes que possam surgir no futuro.

“Os anticorpos de algumas doenças que a mãe já teve e carrega com ela, inclusive adquiridos por vacinas, são passados por meio da amamentação. Esse processo é importante para a formação de uma imunidade forte ao bebê”, reforça.

Além da estruturação do sistema de defesa do organismo, o leite materno contém todas as demandas proteicas e energéticas que o bebê precisa. Neste contexto, a pediatra ressalta que não existe leite fraco, e que é sim possível apenas alimentar o bebê por meio da amamentação até os seis meses de idade.

“Todos os leites possuem a mesma concentração de nutrientes. O importante é que a criança esvazie o peito a fim de conseguir todo aporte energético que a mamada possibilita, pois, o leite apresenta concentrações de gordura diferentes durante o ato de amamentação”, complementa a especialista.

Os benefícios, porém, não se limitam ao bebê. A amamentação também é positiva para mãe. “O mais importante no momento da amamentação é o vínculo materno, mas o ato também ajuda a mãe a perder peso, por ter um alto gasto calórico”, conclui Miquelina Lucia Santarsiere Etchebehere.

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