A Polícia Federal oferece uma equipe de policiais aos candidatos, que podem aceitar ou não a segurança dos agentes. A cessão da equipe depende de solicitação do candidato. Segundo último boletim da PF, cinco presidenciáveis requisitaram a proteção este ano. Por lei, os candidatos à Presidência têm direito à segurança pessoal por meio de agentes da PF, a partir da homologação da candidatura em convenção partidária.
A PF seleciona agentes com experiência em segurança de autoridades para trabalhar com os candidatos à Presidência. Segundo divulgado pela instituição, embora cada equipe seja integrada por 21 agentes, o número de homens que acompanha os candidatos em cada evento é planejado de acordo com a necessidade e dos locais para onde o candidato se desloca.
Todos os candidatos à Presidência da República têm direito a requisitar proteção da Polícia Federal. Uma equipe liderada por um delegado acompanha o candidato 24 horas por dia, visita com antecedência os locais por onde o presidenciável passará, vistoria aeronaves que serão utilizadas por ele, orienta por onde o candidato deve circular nas agendas de rua e pode sugerir até alterações na rotina do presidenciável.
Para o especialista em Segurança, Glauco Tavares, que dirige o Grupo RG Brasil – uma das maiores empresas de segurança privada do país, o pleito 2018 já é o mais monitorado da história. Segundo ele, além do apoio de segurança da PF, os candidatos têm planejado visitas a locais com suporte de monitoramento de câmeras de segurança e pessoal especializado.
“Sem sombra de dúvidas esta é a eleição mais vigiada da história. Não apenas pelo número de policiais federais envolvidos na campanha e rotina dos candidatos, mas também por todo o aparato de segurança privada que estão sendo mobilizados pelas estruturas de campanha dos candidatos que contam com monitoramento de câmeras, locais com suporte de segurança privada, entre outras táticas”, revela Glauco Tavares.
Para Tavares, o aumento da segurança é resultado do aumento das divergências políticas do Brasil. “O clima de tensão comum em eleições está bem mais acirrado este ano. Os candidatos tendem a enfrentar não apenas apoiadores, mas também protestantes em seus comícios e aparições públicas. Essa pode ter sido uma das razões para que um maior número de presidenciáveis solicitasse o apoio da PF”, explica Glauco Tavares.
SEGURANÇA NAS ELEIÇÕES
Desde 2002, a PF passou a manter o esquema de segurança até o dia da posse do presidente eleito. Em 1º de janeiro de 2011, quando tomou posse, a então presidente Dilma Rousseff foi acompanhada por agentes femininas da Polícia Federal até a rampa do Palácio do Planalto. Desde então, a corrida eleitoral para os presidenciáveis conta com apoio de segurança para evitar atentados e atos de violência.
*Glauco Tavares tem mais de 20 anos de experiência em Segurança, é sócio-diretor do Grupo RG Brasil, uma das maiores empresas de segurança de Goiás e presente em todo o país. É especialista em gestão empresarial pela Fundação Getúlio Vargas, graduado em análise de sistemas e têm cursos em áreas como licitações, gestão eletrônica de segurança privada e planejamento tributário. Mais informações em: www.glaucotavaresonline.com.br ou @glaucotavares