A cada 10 nordestinos, 3 gastam mais de 1h no trânsito diariamente

Dados são de Pesquisa realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI)

Foto: Divulgação

A cada 10 nordestinos que se deslocam para a escola, trabalho ou faculdade, 3 enfrentam mais de uma hora no trânsito diariamente, seja em veículo privado, ônibus, metrô ou van.

Os dados, analisados pela Agência Tatu, são da Pesquisa Mobilidade Urbana & Trabalho e foi realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Os números revelam que 19% da população da região gasta de 1 a 2 horas por dia no trânsito, enquanto 5% gasta de 2 a 3 horas e 7% gasta mais de 3 horas, totalizando 32%.

Por outro lado, apenas 1% da população da região desenvolve trabalho remoto, ou seja, não precisa se deslocar para ir ao trabalho. Já 57% da população do Nordeste afirmou gastar entre 15 minutos e 1 hora no percurso de ida e vinda de suas atividades diárias.

Pandemia afetou mobilidade urbana

Após a pandemia do Covid-19, 29% dos nordestinos entrevistados afirmaram que o tempo gasto em transporte aumentou consideravelmente, e 22% deles relatam que esse período afeta significativamente sua produtividade no dia a dia.

Os dados, que se baseiam em uma pesquisa de opinião pública conduzida entre 1 e 5 de abril de 2023, contaram com uma amostra representativa, onde 23% dos entrevistados são de estados do Nordeste. A mesma situação se estende para outras regiões do país, como o Sul, onde 4 em cada 10 pessoas sulistas gastam mais de 1 hora no transporte, tornando essa região a líder em tempo médio diário gasto para locomoção.

Ainda no cenário pós-pandemia, 31% dos nordestinos optaram por usar carro por aplicativo, em seguida, passaram a utilizar mais carro próprio ou moto, com 20% cada. Por outro lado, 29% passaram a usar menos o ônibus, 15% menos de metrô e 18% menos van (nas duas modalidades pesquisadas). Ou seja, o transporte público passou a ser menos utilizado.

Para os nordestinos, o motivo de usar o carro com mais frequência está relacionado à velocidade e ao conforto, mas para 28% o preço do combustível ainda é um empecilho no uso do veículo próprio.

Segundo o instituto responsável pela pesquisa, ela aconteceu com a população economicamente ativa (PEA) brasileira em municípios a partir de 250 mil habitantes. Foram entrevistados presencialmente 2.019 pessoas com idade a partir de 16 anos, nas 27 Unidades da Federação (UFs). A margem de erro no total da amostra é de 2 pontos percentuais, com intervalo de confiança de 95%.

 

*Edição: Graziela França

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