Uma corrida com 20,6 mil inscritos é “povoada” de grandes personagens, histórias inspiradoras. Cada atleta participando por um objetivo, uma motivação, esportiva ou pessoal. Entre tantas trajetórias, o 32º 10 KM Tribuna FM-Unilus terá a do executivo Luiz De Luca. Um paulistano que se define santista, por sua ligação afetiva com a cidade, desde a infância, e nos últimos anos evidenciada com a prova, onde já conquistou metas estabelecidas.
CEO de um grupo de hospitais, De Luca tem na corrida um estilo de vida e essa paixão pela modalidade o ligou ainda mais com Santos. Nascido em São Paulo, ele passou a sua infância na Baixada Santista, primeiro em São Vicente, onde estudou na Escola Martin Afonso, e depois em Santos, quando já cursava a Faculdade de Engenharia, na FEI.
Cresceu, formou amigos e teve a sua educação vivendo na região. “Meu histórico com Santos é muito forte. Na minha infância eu trabalhei no Banco do Brasil. Fui criado na Cidade. Se perguntar, você é paulistano? Vou falar que sou santista. Toda a minha formação, meus amigos, tem uma parte em Santos e uma em São Vicente. Frequentei os clubes, como Caiçara, Ilha Porchat”, lembra.
Depois, por exigência do mercado profissional, mudou para São Paulo, mas, curiosamente, manteve uma relação com Santos. Mas o vínculo harmonioso com a Cidade se fortaleceu, se estreitou ainda mais com a corrida. O início da participação foi em 1999, mas passou a frequentar efetivamente em 2002, estimulado por um objetivo pessoal.
“Queria quebrar minha marca pessoal e fazer meus 10 km mais rápidos. Como todo mundo sabe, o grande apelo é ser a prova de 10 km mais rápida do Brasil. Comecei em 2002, corri em 2003 e consegui efetivamente em 2004. Fiz o meu melhor tempo, 41 minutos. Foi muito bom. Meu objetivo era chegar perto dos 40. E fiquei feliz”, conta orgulhoso.
De 2002 até agora (está garantido novamente este ano), passaram 15 edições e Luiz de Luca participou de dez. “Claro que com objetivos diferentes. Consegui o tempo de 42 alto e nas últimas eu trabalho na faixa de 46, 47 minutos, mas agora já vou me divertindo mais. Já estou mais velho”, relata o executivo, aos 56 anos de idade.
“Para mim, a prova é toda essa alegria que falam. De fazer parte da minha vida, de estar na minha cidade. Tem a história do meu melhor tempo. Correr por todos os cantos lembrando a vida que tive em Santos. É a prova que eu mais gosto, por tudo, pela organização, pelo ambiente”, elogia o corredor, que este ano, no próximo dia 21, terá outra meta: “Vamos com um grupo de dez amigos, vamos para confraternizar”.
Maratonista, com 13 provas completadas mundo afora, ele tem um currículo de respeito. Já correu mais de 15 vezes a São Silvestre, também passou das 50 provas de meia maratona no Brasil e no exterior e corridas de 10 km perdeu a conta, incluindo mais de uma dezena de participações nos 10 KM Tribuna FM-Unilus. “Diria que tenho algumas centenas. Essa é a minha vida. A corrida faz parte”, destaca.
Ele lembra que em algumas edições em Santos teve a participação da esposa, Cristina de Luca, também maratonista e companheira em provas em vários lugares do Mundo, e uma vez até mesmo da filha, Katarina, apresentando outra vertente do evento, o lado familiar, festivo. “Chegamos a correr com a nossa filha. Fizemos uma prova correndo com o carrinho. Claro, que o objetivo era outro, fomos curtindo a Cidade”, fala De Luca.
“Tem toda uma história na Tribuna. A prova é toda legal. É muito boa, é rápida, é diferente. Tem dois tipos de corrida que pode fazer. Pode ir determinado para baixar o tempo como nunca, como fiz há 13 anos, e tem as pessoas que vão para se divertir. Tem os caminhantes e tem o pessoal intermediário, em grupos de empresas, correndo juntos. Se movimentando. É um grande movimento esportivo, independente dos tempos, dos objetivos. O importante é todo mundo fazendo esporte”, conclui o atleta.
Executivo usa a corrida como modelo para a gestão de negócios
Quando decidiu fazer seu melhor tempo na vida nos 10 km, Luiz De Luca estabeleceu metas. A primeira foi escolher a prova, que já gostava, conhecia e sabia que era propícia ao objetivo. Depois, já na disputa, tinha pontos decisivos para alcançar a marca desejada. A proposta foi chegar aos 40 minutos ou bem próximo.
Para isso, tinha referências de tempos a cumprir, percorrendo cada quilômetro abaixo de 4 minutos. “Pensei, ou vou para fazer tempo, ou vou abortar e correr para curtir. Quero ver como vou estar no terceiro km da prova. Se perceber que estou bem, vou gastar os outros sete. Estava abaixo dos 12 minutos e falei: agora vou para o abraço do urso. Só vão me pegar lá na frente”, recorda.
A mesma estratégia das corridas, é usada no seu cotidiano de trabalho. CEO do Americas Serviços Médicos, empresa com 21 hospitais e um centro de oncologia, inclusive o Hospital Vitória, em Santos, Luiz De Luca aproveita o modelo do esporte que pratica para a gestão de negócios. “Porque o corredor é disciplinado, coloca objetivos, treina para poder atingir as suas metas. Aloca recursos físicos, de tempo, de planejamento para atingir seus objetivos”, argumenta.
“No trabalho, quando começamos um novo projeto, falo: Vamos começar uma nova jornada, uma maratona. Vamos nos preparar para isso. Qual é o planejamento? Qual a disciplina que temos de ter. Etapas por etapas. Uma prova de 42 km tem de ver como estará no km 10, no 21, no 30 e nos 42. Numa prova de 10 km, já não temos tanto espaço para corrigir seu trabalho. Tem os três, os seis e como chego. São condicionantes diferentes que o esporte permite isso, que você consegue se programar para isso”, explica De Luca.
Para um profissional que trabalha com saúde há mais de três décadas, a corrida está totalmente ligada à sua vida. “Minha vida e a corrida estão intercaladas. Não separam. Tudo o que eu faço tem, de alguma forma, a corrida. Minha família acompanha, minha esposa também é maratonista”, ressalta, também falando dos 10 KM Tribuna FM-Unilus. “Teve o objetivo de alcançar a meta esportiva, de baixar meu tempo. Tem a relação com a Cidade e todo ano volto para reviver isso”, comenta.
“É um estilo de vida. É uma das minhas prioridades”, esclarece sobre a corrida. “Eu acordo cedo para treinar ou vou dormir tarde para ir na academia. Não fica em segundo plano. Está no mesmo patamar do meu trabalho, da minha relação social”, reforça. “Por isso, acho os 10 KM da Tribuna legal. Pode fazer desde uma corrida para estar bem com todo mundo, com um grupo de socialização, até uma prova de desempenho, com você mesmo”, complementa.
Aos 56 anos, o engenheiro formado pela FEI atua na área desde 1985, inicialmente como provedor de tecnologia para saúde e teve Santos, novamente, em sua história. “Vendi equipamentos médicos, da área de diagnóstico por imagem para muitos hospitais e clínicas da Cidade”, afirma.
“Vendi equipamento para o Hospital Ana Costa, Hemodinâmica para a Santa Casa, ressonância magnética para a Clínica do Clemente. A cidade dentro da minha vida profissional como provedor de tecnologia sempre esteve presente”, revela o executivo, que ingressou na gestão de hospitais em 2005.
LARGADAS – O 32º 10 KM Tribuna FM-Unilus está confirmado para o dia 21, em Santos, com largada na Rua João Pessoa, no Centro, e a chegada na Praça das Bandeiras, na Praia do Gonzaga. A primeira largada será às 7h50, com os cadeirantes, deficientes físicos e visuais.
A elite A feminina começa a correr às 7h58 e às 8h13 é a vez da elite A masculina, o pelotão premium e a elite B (homens e mulheres). Na sequência, às 8h15, o primeiro pelotão de amadores. O segundo pelotão tem início às 8h35 e o terceiro, junto com os caminhantes, às 8h45.
A entrega dos kits dos atletas, incluindo o chip de cronometragem e número de peito, obrigatórios para acessar a área de largada, será realizada na Academia Unilus, à Rua 28 de setembro, 233, no bairro do Macuco, dias 18 e 19 (quinta e sexta-feira), das 12 às 21h e no sábado, véspera da disputa, das 9 às 18h. Mais detalhes no site www.triesportes.com.br.