Uma festa para comemorar a passagem do Dia das Crianças foi promovida no Grupo da Fraternidade Espírita José Grosso e Maria João de Deus, de Três Lagoas (MS), na noite de 11 de outubro de 1996. Segundo o presidente e fundador do Grupo, o jornalista Luiz Corrêa da Silveira Filho, o Luizinho, naquele dia ele acordou com um desejo de realizar uma festa para as crianças carentes. O Centro Espírita é situado em um bairro humilde, na saída da cidade, e as crianças das imediações não têm muitas oportunidades para festejarem.
Na época, o quintal do Centro era de chão batido e tinha uma grande árvore. A fila foi organizada e quando começou a distribuição, algo surpreendente aconteceu, conforme conta Luizinho: “Foi na hora em que minha esposa Elzi, auxiliada pela Angelina, cortavam o bolo e entregavam às crianças. Quanto mais cortavam, mais ele aumentava; de maneira que todas as crianças comeram bolo, e muitas ainda puderam levar um pedaço para suas mães em casa. O pedaço que sobrou ainda deu para repartir entre todos os que estavam ajudando”.
É fato verídico. E tem testemunhas. Como Maria Santos de Menezes, popular Santinha; dona Angelina Santos de Menezes; o psicólogo Muniz, casado com a médica dermatologista Dra. Maria Angélica Gorga (o casal é espírita).
Luizinho diz: “Esse fato da multiplicação do bolo, biscoitos, balas, refrigerantes e todas as guloseimas da reunião, à semelhança do que ocorreu à época de Jesus – quando houve a multiplicação de pães e peixes – foi testemunhado por muitas pessoas presentes à reunião, que consideram importante que seja divulgado esse acontecimento que está registrado na história do Centro Espírita, demonstrando o quanto somos assistidos pelos Benfeitores amigos, quando nos dispomos a realizar o Bem”.
Segundo ensinava Chico Xavier, para auxiliar os mais necessitados, muito mais que dinheiro, é preciso ter Amor, Caridade e Boa Vontade. Portanto, assim como Jesus Cristo multiplicava os peixes para atender à multidão faminta, a Caridade multiplica indefinidamente os recursos com os quais podemos e devemos ajudar nossos irmãos.
Essa é uma verdade vivenciada por todo dirigente de instituição de caridade. Nunca há dinheiro suficiente, mas os recursos chegam sempre, enquanto se permanece à disposição para servir.