
Rubenio Marcelo e seus dois livros recentes – Caminhos e Almar – Foto: Divulgação
Com mais de três décadas nas trilhas da palavra poética – e após ter um dos seus livros de poemas (Vias do Infinito Ser) indicado como obra de leitura obrigatória para quatro recentes Vestibulares e Passe da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) – o escritor/poeta Rubenio Marcelo encontra-se atualmente divulgando dois livros seus recém-lançados pela Editora Life: “Caminhos… 100 Poemas Escolhidos…” (aprovado pelo Fundo de Investimentos Culturais – FIC-MS) e “Almar – Poemas Lusitanos de Rubenio Marcelo na Ótica Ensaística de Ana Bernardelli”.
Rubenio Marcelo é poeta escritor, compositor, ensaísta, revisor e advogado. É membro efetivo da Academia Sul-Mato-Grossense de Letras, da qual é o atual secretário-geral. Autor de treze livros publicados (3 em coautorias) e três CDs. Foi Conselheiro Estadual de Cultura de MS. Detentor de premiações pela sua atuação literocultural, é um dos vencedores do tradicional concurso literário ‘Noite Nacional da Poesia’. É um dos autores homenageados no livro ‘Vozes da Literatura’ (FCMS), que também enfoca sua obra e biografia.
“CAMINHOS… 100 Poemas Escolhidos…” reúne uma centena especial de textos da produção poética de Rubenio Marcelo, incluindo poemas ainda inéditos; como também poemas escolhidos de outras obras suas anteriores, inclusive o emblemático Vias do Infinito Ser, que foi lançado com sucesso também em Portugal e atualmente encontra-se estudado em vários estados brasileiros.
Transitando na trilha existencial, contendo aspectos da metalinguagem, da intertextualidade, da essência do Ser e da condição humana, como também celebrando o aspecto telúrico regional, o livro Caminhos compendia assim simbólicos ‘percursos da carreira literária de Rubenio Marcelo’ num seleto recorte fecundo da sua obra em versos. O livro tem prefácio da profª e ensaísta Ana Maria Bernardelli, apresentação da escritora Sylvia Cesco, e orelha/comentário de Raquel Naveira, e chega com significativa fortuna crítica também de outros nomes expressivos da literatura regional e nacional.

Livros novos de Rubenio Marcelo – Almar (poemas lusitanos) e Caminhos (100 poemas escolhidos) – Foto: Divulgação
A obra apresenta aspectos inovadores, afinando-se com a acessibilidade – para proporcionar também meio próprio para a leitura inclusiva – assim traz na sua última página um especial QR Code que dá acesso ao respectivo audiolivro (todo conteúdo da obra em voz). Este diferencial do audiolivro, que integra o livro impresso, esta via engajada para um mundo mais justo, proporciona – de forma prática e rápida – o alcance acessível da obra para as pessoas que necessitam do recurso e também para as pessoas sem deficiência, ampliando o público geral e o tornando mais diverso. É um recurso democrático que pode ser usado por pessoas com deficiência visual: dificuldade para ler de perto ou falta total de visão. Também é uma ferramenta apropriada para pessoas que querem acessar o teor da obra literária (o livro), mas estão com o tempo ocupado em outras atividades do cotidiano (ou no trabalho) e outras diversas situações.
No seu consistente texto de prefácio, Ana Bernardelli assegura: “Caminhos é um fascinante livro de poemas inéditos e outros já consagrados de Rubenio Marcelo, oferecendo aos leitores uma viagem única por diferentes trilhas do autor. O volume é uma expressão eloquente da diversidade de experiências que moldaram a visão do poeta. Os poemas são peças únicas desse simbólico quebra-cabeça, contribuindo para a riqueza e complexidade do conjunto. Nessa sua nova criação, o autor deixa expresso à Poesia o sentido mais puro de sua atividade literária”.
E Raquel Naveira, no seu comentário de orelha do livro, assim afirma num trecho: “Rubenio Marcelo se prende mesmo à vereda pela qual se decidiu: a Poesia. Não sente fadiga, ao contrário: exala energia e liderança. Não lamenta a dor da renúncia. Pelos caminhos poéticos escolhidos, noite e dia se alternam com seus mistérios: ‘sem a ordem do dia / do sobrenatural / não haveria a natural ordem / das coisas da noite’”.
O livro “Caminhos… 100 Poemas Escolhidos de Rubenio Marcelo” chega com significativa fortuna crítica também de outros nomes expressivos da literatura regional e nacional, como: a escritora e historiadora Madalena Dib Mereb Greco, atual presidente do Instituto Histórico e Geográfico de MS, que assim afirma: “O poeta Rubenio Marcelo acresce em Caminhos o encanto dos livros já publicados, sem contudo, romper o fio da trama do tecido, de suave tato, que compõe suas poesias”.
O imortal carioca Sergio Fonta, escritor e dramaturgo, atual presidente da Academia Carioca de Letras (RJ), diz: “Os 100 poemas escolhidos – e que integram Caminhos… de Rubenio Marcelo – têm algo a dizer e a tocar na sensibilidade do leitor. Os trabalhos poéticos vindo de obras suas já publicadas, assim como os poemas inéditos selecionados, trazem frescor criativo, indagações em busca do âmago de tudo”.
Por sua vez, o professor de Linguística da UFMS, Geraldo Vicente Martins, assevera: “Na poesia de Rubenio Marcelo, palavra e música se entrelaçam de modo harmonioso, quase como um reflexo de seu hábil manejo do léxico e da sintaxe. Emana de seus versos uma sensibilidade ímpar, de que não pode resultar senão uma cumplicidade do leitor, alegre acompanhante dos Caminhos construídos pela maestria do poeta, sempre a nos lembrar que ‘é do íntimo/ transcendendo o mundo e o ser/ que vem a clareira’”.
E a poeta e imortal da AML, Lucinda Persona, afirma: “Viajante de todas as rotas e paisagens, de todos os tempos e estações, Rubenio Marcelo vem compondo e consagrando uma rede de signos de infinitas dimensões na relação homem/Universo. Transcendência, fervor e celebração musical da palavra, fazem do poeta uma límpida e valiosa presença na lírica contemporânea.”
O livro “ALMAR” é um volume de poemas lusitanos de Rubenio Marcelo com respectivos ensaios críticos de Ana Maria Bernardelli. Com prefácio da poeta Raquel Naveira (da Academia Sul-Mato-Grossense de Letras e da Academia de Ciências de Lisboa) e apresentação da escritora e professora Olga Maria Castrillon-Mendes, que pertence à Academia Mato-Grossense de Letras, o livro é um tributo poético/cultural refletindo aspectos relevantes da temática portuguesa e reflexos vivos (culturais, históricos e contemporâneos) dos valores lusitanos tão sempre presentes no seio irmanado das duas nações irmãs: Portugal-Brasil, que possuem em comum muito mais que o mesmo idioma, mas também elos tradicionais no tocante principalmente à cultura, história, costumes. Os poemas de Rubenio Marcelo, todos totalmente inéditos, foram escritos em Portugal ou, alguns, logo após retorno de suas cinco viagens às terras lusitanas. Alguns foram mesmo enviados de Portugal por Rubenio para Ana Maria no Brasil, e esta ao receber tais poemas já ia interagindo e analisando/interpretando os versos e tecendo seus ensaios críticos respectivos.
Sobre a obra, Raquel Naveira assim afirma num trecho do prefácio: “ALMAR traz essa proposta nova de parceria: o poeta em viagens por Portugal, anotando na mente, registrando tudo; e a professora destrinchando, percorrendo caminhos históricos e linguísticos… ambos incitam o leitor a navegar mais, a se aventurar mais pela linguagem. Almar é título precioso… um belo neologismo. Poderia vir de ‘alma’… Poderia ser a expressão ‘ao mar’, às águas, às espumas flutuantes, ao sal de Portugal”.
Já a Apresentadora do livro, Olga Castrillon assegura: “Rubenio Marcelo tem lançado palavras ao sabor dos ventos, deixando-se levar… Ana Maria capta os efeitos sobre o mar e transfere as fontes da energia poética em palavras-análises. Ambos ensaiam os pulsos da fonte emissora e propagam vibrações variadas no (e pelo) jogo linguístico em busca da essência poética, que é também o princípio vital e a capacidade de pensar com a alma. Rubenio sente as emoções e doma os sentidos do ínfimo ao infinito, numa explosão de composições. Encanta-se com a terra irmã (Portugal) e a gente lusa e enlaça a substância anímica às águas dos mares portugueses. Ana Maria reverbera tais energias pelo espaço, metaforizando, com outras leituras, o encantamento de uma pedra lançada nas águas de um rio, gerando círculos concêntricos”.