A tendência do mercado estético com técnicas de produtos combinados em uma única sessão de tratamento

Técnicas que combinam ácido hialurônico e bioestimulador de colágeno são opção para pacientes que desejam realizar aplicação desses produtos em uma única visita ao consultório dermatológico

Foto: Divulgação

São Paulo (SP) – O mercado de procedimentos estéticos é um dos que mais crescem ano a ano. Segundo relatório publicado no final de 2019 pela Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (ISAPS, em inglês), foram realizados no mundo mais de 12,6 milhões de procedimentos estéticos não cirúrgicos em 2018 – número 10,4% maior em relação ao ano anterior. Por aqui, ultrapassou-se a marca de 769 mil desses procedimentos no mesmo ano. O Brasil ocupa a segunda posição do ranking de países que mais realizam procedimentos com toxina botulínica e ácido hialurônico, atrás apenas dos Estados Unidos.

Seguindo essa linha, um método recente que combina “produtos queridinhos” dos brasileiros é a Firm&Lyft Technique. Nela, aplica-se em uma única sessão Sculptra® e Restylane® Lyft ou Restylane® Defyne (dependendo do tipo de pele do paciente) para trazer firmeza e sustentação à face. A técnica é ideal para aqueles que querem sair do consultório com efeito imediato do preenchedor, mas também querem ter todos os benefícios graduais que um bioestimulador de colágeno traz.

“A ideia é associar em uma única sessão dois tratamentos, um para reposição de volume e sustentação com ácido hialurônico e outro para firmeza com bioestimulação de colágeno”, explica o Dr. Daniel Coimbra, dermatologista da Clínica Les Peaux e professor de cosmiatria do Instituto de Dermatologia da Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro.

O resultado dos produtos é otimizado graças à técnica empregada no novo método. O Sculptra® é um bioestimulador de colágeno à base de ácido poli-L-lático (PLLA) que traz um resultado gradual de firmeza na moldura do rosto do paciente. Por sua vez, o Restylane® Lyft ou Defyne, produtos à base de ácido hialurônico que são aplicados em pontos estratégicos da face, como bochechas e bigode chinês, dá o efeito de sustentação. “A Firm&Lyft é voltada para aquele paciente que necessita ao mesmo tempo de volume, sustentação e firmeza na face, amenizando os efeitos causados pelo envelhecimento”, comenta o dermatologista. Ele também enfatiza que, dependendo do caso, pode ser necessária mais de uma aplicação do bioestimulador, já que possui ação somatória e progressiva.

Paralelamente ao método, Coimbra desenvolveu uma técnica semelhante, chamada de Supra-Auricular Lifting by Firm&Lyft. Nela, o dermatologista aplica ácido hialurônico onde se costuma injetar bioestimulador de colágeno e vice-versa. “Primeiro, a gente faz a ‘ancoragem’ com o ácido hialurônico na parte acima das orelhas, onde está o cabelo. Em seguida, associa-o ao PLLA para tratar a parte anterior do rosto”, detalha o médico, referindo-se às regiões da têmpora, bochecha e contorno inferior. A ideia da sua técnica é trabalhar o suporte lateral com o pilar de ácido hialurônico e depois a firmeza com bioestimulação de colágeno na face.

“Ao tracionar a região coberta pelo cabelo, notei que o resultado do efeito lifting era grande. Criar esse suporte lateral, além de dar o resultado desejado de esticar a pele, deixa o movimento do rosto mais leve, como se a jovialidade voltasse tanto no estático quanto na dinâmica”, afirma o médico. Sem causar aumento do rosto, a técnica associada de Coimbra é voltada para o paciente que não tem tanta perda de gordura na região anterior da face, inclusive levando ao afinamento do rosto em pacientes que apresentam bochechas grandes. Já na Firm&Lyft tradicional, o dermatologista repõe o volume facial anterior com ácido hialurônico, sendo indicada para quem perdeu volume e firmeza da pele pelo envelhecimento.

Independentemente da técnica escolhida, a duração dos produtos varia de caso a caso. Em uma única aplicação, o ácido hialurônico dura de 12 a 18 meses, enquanto o bioestimulador de colágeno mostra respostas progressivas em até 25 meses, mudando conforme a idade do paciente e a quantidade de sessões e intervalos determinados pelo dermatologista.

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