Entre os dias 6 e 18 de novembro, é realizada no Egito a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2022 (COP 27). O objetivo é avançar da fase de negociações e planejamentos para a implementação de ações. Na conferência, os países participantes devem definir aspectos para que seja implementado, por exemplo, o Acordo de Paris, além de discutir a adaptação e impacto climático na questão financeira e termos de colaboração para conter o aquecimento global.
No evento, o Brasil deve apresentar-se como parte da solução para a crise energética mundial. O ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, avalia que o país tem a possibilidade de se mostrar mais sustentável, especialmente em relação às energias renováveis. Assim, a proposta é levar o Brasil das energias verdes e das oportunidades de consumo, bem como reforçar o compromisso de reduzir as emissões até 2050, junto ao setor privado. Outro ponto relevante a ser destacado é o fomento à Eficiência Energética.
“Uma das saídas para o Brasil aumentar os seus índices de Eficiência Energética é exatamente por meio das renováveis. E o potencial de crescimento dessas fontes no país é ainda maior se analisado o mercado aberto e a expansão da energia solar e eólica”, afirma Bruno Herbert, presidente da Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Conservação de Energia (ABESCO).
Atualmente, a fonte solar no Brasil já está em 15 GW, com quase R$ 79 bilhões de investimentos acumulados e mais de 450 mil empregos criados desde 2012. Essa substituição na matriz energética já evitou a emissão de, pelo menos, 20 milhões de toneladas de CO2 na geração de eletricidade.
“Mesmo com os efeitos da pandemia na economia global, o mercado de energias renováveis apresenta boa perspectiva e um grande volume de projetos em curto e médio prazo. O setor, contudo, ainda enfrenta algumas dificuldades, como a regulamentação do Mercado Livre de Energia, que facilitará o acesso de consumidores a um ambiente competitivo de negociação”, pondera o presidente da ABESCO.
Bruno Herbert ainda vê com bons olhos a parceria entre o público e o privado: “A aliança das iniciativas privadas com o poder público pode criar novos projetos e inovações que ajudem as cidades a vencer seus desafios hídricos e energéticos, provocando impactos positivos para toda a população”.
“Não existe progresso, desenvolvimento e conforto para a sociedade sem a utilização de energia elétrica, e este consumo precisa ser racional e eficiente, alinhado com os princípios da sustentabilidade. A Eficiência Energética, além de poupar os recursos naturais, evita que sejam necessários investimentos bilionários na geração e distribuição e que haja uma tarifa cada vez mais cara para o consumidor”, finaliza o presidente da ABESCO.