Um grave acidente entre um ônibus clandestino e um veículo deixou um homem preso nas ferragens em Tauá, no Ceará, nesta quinta-feira (16). Este é o sexto caso reportado pela imprensa nas primeiras semanas deste ano, evidenciando os graves riscos que essa atividade representa para a segurança nas estradas brasileiras. A cidade cearense é a mesma de onde partiu um coletivo que tombou no último dia 7, no Piauí. Na ocasião, sete pessoas morreram e 19 ficaram feridas.
O acidente registrado em Tauá foi na CE-187, entre as comunidades de Mulungue e Massapê, no distrito de Santa Teresa. A colisão envolveu um ônibus de uma empresa de turismo e uma Hilux SW4 de cor preta, pertencente à outra empresa do setor.
A falta fiscalização efetiva permite que esses veículos clandestinos operem fora dos padrões exigidos pelas autoridades, colocando em risco a vida de passageiros, motoristas e demais usuários das vias. Sem manutenção adequada, treinamento profissional dos condutores e o cumprimento das normas de segurança, o transporte clandestino é uma escolha arriscada que pode ter consequências trágicas.
Para a Associação Brasileira das Empresas de Transporte Terrestre de Passageiros (Abrati), é fundamental que as autoridades intensifiquem as ações de fiscalização para coibir essa prática ilegal e garantir a segurança no transporte terrestre de passageiros. A entidade também reforça a necessidade de uma maior transparência nos dados sobre ocorrências envolvendo o transporte alternativo. Atualmente, não existem estatísticas oficiais que permitam avaliar a verdadeira dimensão do problema, dificultando a adoção de políticas públicas eficazes.
“A Abrati lamenta todos esses acidentes e reforça seu compromisso com a promoção de um transporte seguro, regular e de qualidade. Precisamos do apoio de toda a sociedade para combater a prática do transporte clandestino. Somente com a conscientização coletiva e a atuação firme das autoridades será possível evitar novas tragédias e garantir a segurança de todos nas estradas”, destacou a conselheira da Abrati, Leticia Pineschi.
Denúncias de transporte clandestino podem ser feitas diretamente à Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) pelo Whatsapp (61) 99688-4306, através do e-mail ouvidoria@antt.gov.br ou pelo telefone 166. E, para os passageiros, a Abrati recomenda alguns cuidados essenciais na hora de escolher uma empresa segura para viajar:
- Verifique a legalidade da empresa:Certifique-se de que a operadora possui autorização da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) para trafegar.
- Confira as condições do veículo:Empresas regulares garantem a manutenção periódica dos ônibus, proporcionando maior segurança e conforto.
- Priorize o seguro de viagem:As empresas legalizadas oferecem seguro em caso de acidentes, protegendo os passageiros contra eventuais danos.
Peça comprovante fiscal: Empresas clandestinas apresentam apenas um recibo, que não indica o recolhimento de impostos e obrigações exigidas pela lei.