Acordo entre Petrobras e RN é questionado por conselheiros

Presidente da estatal já foi suplente da governadora do estado

A Petrobras acertou o pagamento de uma dívida de R$ 103 milhões com o estado do Rio Grande do Norte, governado pela petista Fátima Bezerra, uma medida que não foi bem recebida por parte do conselho administrativo da empresa.

Jean Paul Prates presidente da Petrobras

Jean Paul Prates, presidente da Petrobras (Foto: Ansa)

Conselheiros e representantes de acionistas minoritários suspeitam que o acordo poderia ter relação com o fato de que o presidente da companhia, Jean Paul Prates (PT) foi suplente de Bezerra quando ela era senadora titular pelo RN.

No entanto, a assessoria de imprensa da Petrobras informou que o acordo com o governo potiguar observou critérios “técnicos, jurídicos e econômicos” e não teve motivação política, conforme publicado nesta quinta-feira (28) pelo jornal O Globo.

A Petrobras acrescentou que já assinou acordos com outros 12 estados, incluindo o Rio de Janeiro, governado por Claudio Castro (MDB), ligado ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), e com diversas prefeituras.

O ex-senador Prates já foi criticado por outras medidas consideradas “políticas” em favor de seu estado.

Na semana passada, o governo do RN confirmou que a Petrobras enviou um navio-sonda para explorar petróleo na Bacia Potiguar, que faz parte da Margem Equatorial, uma região com reservas estimadas em 11 bilhões de barris.

A exploração de petróleo e gás na Margem Equatorial, que se inicia no estado do Amapá, na região amazônica, é questionada pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas.

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