Adoçantes de stevia realmente são mais saudáveis?

Os malefícios atribuídos ao consumo do açúcar refinado levam à busca de alternativas mais saudáveis para adoçar os alimentos. Entre as opções naturais está a stevia, um arbusto herbáceo que há centenas de anos é usado para fins alimentares e medicinais e, de tempos pra cá, ganhou destaque nas prateleiras dos supermercados.

A nutricionista clínica do Hospital Edmundo Vasconcelos, Isadora Kaba Gomes, explica que adoçantes compostos por stevia estão em um patamar melhor que os adoçantes comuns. “Por serem produzidos por meio da extração das substâncias doces das folhas da planta, que passam por um processo de purificação, há muito menos procedimentos químicos na fabricação, tornando o produto mais saudável”, reforça.

Os benefícios da planta vão além. Com poder de adoçar 300 vezes mais que o açúcar, a stevia não é metabolizada no organismo, e por isso apresenta taxas mínimas de calorias. Isadora esclarece que a maior parte do adoçante ingerido é usada por bactérias intestinais como fonte de energia, enquanto o restante é excretado nas fezes.

Outra importante vantagem mencionada pela especialista é a capacidade de redução de glicemia após as refeições em pacientes com diabetes tipo 2. Mas gestantes devem ficar atentas: ela aconselha que a stevia deva ser evitada antes de realizar exames de rastreamento ou diagnóstico de diabetes durante a gestação.

Mesmo com tantos pontos positivos, é preciso prestar atenção na quantidade indicada a ser consumida por dia. A nutricionista esclarece que a ingestão aceitável de adoçantes de stevia é de 10 mg/kg de peso corporal por dia. “No dia a dia deve ser usada de forma moderada, em líquidos ou preparações que necessitem ser adoçadas”, complementa.

A substância é reconhecida como segura pelas principais autoridades mundiais de saúde, como a European Food Safety Authority (EFSA) e a Joint FAO/WHO Expert Committee on Food Additives (JECFA), e pode ser consumida, sem prejuízo à saúde, por pacientes com diabetes, crianças, gestantes, lactantes e até mesmo por pacientes com fenilcetonúria- doença congênita que impede a quebra adequada das moléculas do aminoácido fenilalanina, que são impedidos de ingerir adoçantes sintéticos comuns.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Topo