Infelizmente, o estigma da obesidade continua a ser uma barreira significativa para o tratamento eficaz e a compreensão empática dessa condição, causando efeitos profundos e duradouros, impactando na saúde mental, física e social. A doença já e tratada como uma epidemia mundial, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Foto: Divulgação
A obesidade é uma condição complexa e multifacetada, influenciada por uma combinação de fatores genéticos, ambientais, psicológicos e sociais. Estudo realizado pelo Programa de Alimentação, Nutrição e Cultura (Palin) da Fiocruz Brasília aponta que quase metade dos adultos brasileiros (48%) terá obesidade até 2044, e mais 27% terão sobrepeso – assim, dentro de 20 anos, três quartos dos adultos brasileiros terão obesidade ou sobrepeso. Hoje, 56% dos adultos brasileiros têm obesidade ou sobrepeso hoje (34% com obesidade e 22% com sobrepeso).
Para as mulheres, de acordo com o mesmo estudo, a estimativa de obesidade para 2030 é de 30,2% e sobrepeso de 37,7%, enquanto para os homens a estimativa de obesidade é de 28,8% e sobrepeso de 39,7%.
A endocrinologista Dra. Lorena Lima Amato explica que a obesidade está associada a várias complicações de saúde, que incluem doenças cardiovasculares, risco aumentado para hipertensão, diabetes Tipo 2, apneia do sono. “A obesidade também é um fator de risco para câncer de mama, cólon e endométrio”, conta Dra. Lorena.
Abordar a obesidade requer compreensão e apoio em lugar de julgamento. Intervenções eficazes. “Como educação alimentar, políticas públicas que promovam a disponibilidade de alimentos saudáveis e a prática de atividade física são ações fundamentais no tratamento da obesidade, conta a endocrinologista.