A aliança permanente das três principais entidades Empresariais da região: o Sindicato Empresarial de Hotéis, Bares, Restaurantes e Similares – SinHoRes Osasco – Alphaville e Região, a Associação Comercial e Industrial de Barueri – ACIB (coordena as Associações Comerciais na Região) e o Sindicato do Comércio Varejista de Osasco e Região – Sincomércio de Osasco e Região, emitiram um manifesto sobre a reclassificação do Plano São Paulo.
No documento, as entidades empresariais questionam a decisão do governo estadual sobre a medida restritiva que impede diversos setores, inclusive, bares, restaurantes e similares a abrirem, pelos próximos 14 dias. “Estudos recentes mostraram que NÃO é em nossos estabelecimentos que o vírus está se disseminando. Eleições municipais, transporte público lotado, reuniões de final de ano, festas clandestinas, falta de fiscalização individualizada sobre quem descumpre as regras, falta de toque de restrição durante a madrugada, ausência de repressão de aglomerações, dentre outros, são as verdadeiras causas dessa propagação”, pontuou o manifesto.
Ainda no manifesto, as entidades questionaram sobre os recursos federais que foram destinados aos estados e municípios, durante o início da pandemia. “Por que depois de 1 ano, com recursos financeiros suficientes e todos os esforços das autoridades, não há leitos de UTI e profissionais de saúde para todos? Se dizem que dobraram o número de leitos, por que não triplicaram? Onde está o planejamento de médio e longo prazo?”, questionaram as entidades.
ALIANÇA DAS ENTIDADES EMPRESARIAIS DA REGIÃO METROPOLITANA OESTE
MANIFESTO
Reclassificação para a Fase Vermelha: Empresas Pedem Socorro
Desde março de 2020, as empresas dos setores de Turismo, Serviços e Comércio (exceção da indústria, supermercados, padarias, farmácias e outras atividades consideradas essenciais) da nossa região, vem sendo duramente penalizadas. Cerca de 30% dessas empesas já fecharam e o restante agoniza. Milhares de trabalhadores foram demitidos. E a pergunta que fazemos à toda sociedade é: será que esse sofrimento está sendo realmente necessário?
Há um ano, convivemos em nossas lojas com o vírus, preocupados com a vida e a saúde de todos. Tomamos duras medidas higiênico-sanitárias, de distanciamento social e redução da capacidade. Nossas entidades fizeram rígidos protocolos e treinamentos para cada setor. Estudos recentes mostraram que NÃO é em nossos estabelecimentos que o vírus está se disseminando. Eleições municipais, transporte público lotado, reuniões de final de ano, festas clandestinas, falta de fiscalização individualizada sobre quem descumpre as regras, falta de toque de restrição durante a madrugada, ausência de repressão de aglomerações, dentre outros, são as verdadeiras causas dessa propagação. Com alimentos perecíveis em estoque, empréstimos a pagar, impostos atrasados, pagar salários de funcionários sem ajuda do governo, descontos dados nos aluguéis sendo pagos agora, crédito inexistente nos bancos, consumidores retraídos e uma nova Fase Vermelha pelos próximos 14 dias, certamente levarão muitas empresas que resistiram até aqui, ao fechamento definitivo. Temos travado uma árdua batalha pela preservação dos empregos, mas estamos perdendo feio essa guerra. Parece que algumas autoridades não habitam o mundo real, em que os boletos continuam chegando e é preciso comer todos os dias!
Outras perguntas que poderíamos fazer: onde estão os recursos federais que encheram os cofres de estados e municípios? Por que depois de 1 ano, com recursos financeiros suficientes e todos os esforços das autoridades, não há leitos de UTI e profissionais de saúde para todos? Se dizem que dobraram o número de leitos, por que não triplicaram? Onde está o planejamento de médio e longo prazo?
Não há administrador germânico que consiga dar conta de o Governo mandar abrir e fechar as empresas a todo momento, sem nenhum tipo de aviso prévio, planejamento ou contrapartida. E estamos falando de empresas sérias, comprometidas com a vida. Ordens de fechamento à noite e aos finais de semana, justamente nos períodos de maior movimento só pioram a situação. Colocar empresas que seguem todos os protocolos como vilãs, enquanto nada foi feito em relação às perguntas acima, certamente é equivocado. Mais indagações: por que não suspendem a cobrança de todos os impostos estaduais e municipais? Por que igrejas e escolas com 30%, podem funcionar? Por que a indústria e a construção civil podem trabalhar e nós não? Por que não fecham tudo, tudo mesmo?
E agora, somos surpreendidos por mais um Decreto Estadual de Fase Vermelha, em todo estado, sem respeito às características de cada região e sem nenhuma contrapartida. Zero apoio! Justiça seja feita, a Região Metropolitana Oeste e seus prefeitos, tem feito a “lição de casa” na saúde e dado o apoio possível aos empresários, mas ficamos à mercê de questionáveis decisões políticas (e não científica) de instâncias superiores.
Nesse momento em que nossos representados, cerca de 96% de micro e pequenas empresas estão quebrados, a nossa preocupação não é meramente econômica, mas social. Temos responsabilidade e estamos falando de homens e mulheres, que estão e que ficarão desempregados, passando fome, sem condições de manter suas famílias e cruzando a linha da miséria.
O SINCOMERCIO, o SINHORES e a ACIB (representa as Associações Comerciais da região), entidades signatárias que formam a Aliança das Entidades Empresariais da Região Metropolitana Oeste, defendem o direito de trabalhar com segurança e se comprometem, com responsabilidade, na preservação da vida.