A preocupação constante com o aumento dos casos de gripe H1N1 (Influenza A) tem levado escolas de Mato Grosso do Sul a redobrar os cuidados e as ações de prevenção no ambiente escolar, principalmente com relação às crianças. Por razões imunológicas, quanto mais jovens, mais suscetíveis são as crianças a esta doença respiratória infecciosa de origem viral, que pode levar a complicações muito sérias. As temperaturas mais baixas e a típica variação climática deste período também demandam cuidados mais intensos.
De acordo com a pedagoga Jane Mary Tedeschi, coordenadora da Educação Infantil do Colégio Dom Bosco, de Campo Grande, todos os cuidados de rotina com as crianças têm sido ampliados ao máximo. “Além do uso do álcool gel e de redobrarmos os esforços com a limpeza, procuramos utilizar o máximo de ventilação natural nas salas de aula, diminuindo o uso de ar condicionado, e tirar as crianças das salas sempre que possível, deixando-as mais tempo ao ar livre”, explica.
O principal cuidado adotado pela instituição, conforme a coordenadora, tem sido intensificar a observação constante dos alunos e solicitar aos pais que os busquem ao menor sinal de algum sintoma que possa vir a ser a manifestação da doença. “Observar os alunos já faz parte da nossa rotina, mas nesse período fazemos isso de forma muito mais constante e, quando julgamos necessário, pedimos aos pais que deixem as crianças em casa, até porque juntamente com a gripe H1N1 temos um surto de conjuntivite também”, acrescenta.
A pedagoga explica ainda que as crianças do maternal precisam de cuidados ainda mais especiais, pois elas levam à boca tudo que o pegam, como os brinquedos, por exemplo, que circulam nas mãos de várias crianças. Também por isso, a educadora ressalta que os profissionais da instituição são orientados a cuidar para que não ocorra o compartilhamento de alimentos (lanches), copos, toalhas, objetos de uso pessoal e materiais escolares em geral, bem como para que os alunos não tomem água diretamente dos bebedouros, mas nas garrafinhas.
Recomendações
Para a pedagoga Cristiane Sartorelli, coordenadora do Ensino Fundamental 1º ao 5º ano na mesma escola, nunca é demais reforçar os cuidados necessários no ambiente escolar para a prevenção à gripe H1N1. Assim, ela recomenda aos professores que insistam com seus alunos a importância de, além de lavar sempre as mãos e usar o álcool gel, manter uma alimentação balanceada para aumentar a imunidade, e não compartilhar copos, canudinhos e outros objetos de uso pessoal, por exemplo.
Já com relação às obrigações das escolas, Cristiane ressalta que é fundamental reforçar a limpeza e desinfecção das superfícies das salas de aula e demais espaços do colégio, como salas de aula, cadeiras, maçanetas e corrimãos, por exemplo. “Também é essencial manter os ambientes ventilados, prover dispensadores de álcool gel em lugares estratégicos do colégio e, principalmente, conscientizar os pais a não levarem os filhos à escola caso apresentem sintomas de gripe em casa”, complementa.