Ao contrário do que o governo estadual tem noticiado, muitos candidatos à policiais civis apoiam a ação judicial impetrada pelo Sinpol-MS em suspender o certame devido à falta de transparência na produção do edital, no qual a entidade foi impedida de participar de todos os atos. Outra preocupação da entidade é a demora em nomear os aprovados, justamente por “falta de recursos” para pagamento. “Toda contratação gera impacto financeiro e se a crise anunciada pela administração estadual é tão grande assim, provavelmente ela durará até o final de sua gestão”, analisou o presidente do Sinpol-MS, Giancarlo Miranda. O edital que estava engavetado há meses foi publicado justamente logo após a categoria acampar em frente à governadoria em protesto ao governo do estado.
A bacharel em direito, Vânia Bernardes, está estudando para o concurso há cerca de dois anos e apoia a ação do Sinpol-MS. “O sindicato está lutando também pelo meu futuro. Se eu ingressar na instituição quero ter todo meu esforço e dedicação valorizados. A ação impetrada no início do certame não nos prejudica, pois ainda há tempo hábil para resolução da questão ”, afirmou a candidata ao cargo de delegada e investigadora.
Segundo a pretendente à função de escrivã, Miriã Ribeiro, justamente por ser um concurso da Polícia Civil, o processo deve ter lisura. “Corriqueiramente vemos casos de fraudes em concursos e favorecimentos. O Sinpol-MS está certo em pedir transparência em todos os atos, pois assim será mais difícil a prática das ‘cartas marcadas’”, destacou.
Diversos candidatos ao concurso procuraram o sindicato pessoalmente, via redes sociais e e-mails, solicitando intervenção para suspensão do certame, pois segundo eles, os prazos estão apertados, há dubiedade em alguns itens e o site está com mal funcionamento para fazer a inscrição.