Após três anos, artistas voltam a receber investimentos da prefeitura

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Como forma de valorizar e, em reconhecimento da importância do segmento cultural, a administração municipal de Campo Grande retoma, após três anos sem investimentos, os pagamentos do Fmic – Fundo de Investimentos Culturais e do Fomteatro – Programa Municipal de Fomento ao Teatro, que neste ano de 2017 contemplam 63 projetos.

Os recursos, Fmic – R$ 3.200.000,00 – três milhões e duzentos mil reais e Fomteatro R$ 800.000,00 – oitocentos mil reais, serão pagos em duas etapas, iniciando a liberação dos mesmos neste mês de dezembro e serão repassados integralmente aos selecionados até o mês de janeiro de 2018.

A secretária Municipal de Cultura e Turismo, Nilde Brun, ressalta que o início dos pagamentos do edital Fmic e Fomteatro é mais um dos compromissos que está sendo cumprido pela atual gestão. “O prefeito Marquinhos Trad cumpre seu compromisso com a cultura. Todas as políticas culturais de nossa gestão estão sendo construídas conjuntamente com o terceiro setor e com a iniciativa privada, de forma séria, responsável e transparente”, declarou.

Os editais do Fmic e Fomteatro 2017 foram publicados no mês de maio. Eles têm por finalidade estimular e fomentar a criação/produção/circulação/pesquisa/formação em Campo Grande, por meio de projetos que aproximem a comunidade do fazer artístico-cultural, de grupos, produtores culturais, associações culturais, artistas, técnicos e pesquisadores, compartilhando a diversidade de linguagens, gêneros, tendências e linhas de pesquisa.

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A política de investimento à cultura está prevista em legislação específica e corrobora a diretriz de nº 10 (dez) do Plano Municipal de Cultura que preconiza “garantir o repasse de recursos públicos que atendam as demandas da cultura do município”, com a intenção de fomentar e financiar a produção cultural, por meio da disponibilização de recursos ao Fmic e Fomteatro.

Para o presidente do Fórum Municipal de Cultura de Campo Grande, Vitor Hugo Samúdio, a retomada dos investimentos de ambos os fundos demonstra respeito não apenas para com o segmento artístico e cultural, mas principalmente com a sociedade, que é a maior beneficiada quando o poder público permite que esses projetos sejam acessíveis ao público.

“A classe vinha há anos sendo desprestigiada e desrespeitada, principalmente com a maneira que as administrações anteriores vinham lidando com o segmento. Retomar esses investimentos, coloca novamente a cultura em cena, para que possamos retomar as atividades com projetos importantes, que resultam em ganhos principalmente para a população, que volta a ter acesso ao teatro, música, cinema, dança, artesanato, enfim, a sua identidade, já que é a cultura de um povo o que o identifica. Quando se oferece cultura, se promove o crescimento de uma sociedade”, considera Samúdio.

A gestora cultural Iara Vieira, contemplada pelo edital do Fmic 2017 por meio do projeto da área de literatura “Poesias Esfumaçadas”, destaca o clima favorável para o segmento a partir deste ano.

“Quando se interrompem os investimentos, retiram da gente uma das únicas oportunidades de renda, já que as opções não são muitas no setor, aqui em Campo Grande. Tive três projetos aprovados em 2014 e nenhum foi beneficiado. Isso foi muito ruim. Vejo que a nova administração, neste ano, retomou essas políticas para a cultura com muita garra e vontade. O clima está bastante favorável, apesar de o momento tão difícil que atravessa o país, podemos levantar as mãos e agradecer que isso esteja acontecendo”, pondera Iara.

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