Aprosoja/MS e USP avaliam oferta e demanda de grãos no estado

O projeto terá duração inicial de seis meses e deve monitorar as culturas de soja e milho

A Associação dos Produtores de Soja de Milho de Mato Grosso do Sul (Aprosoja/MS) junto com a Fundação de Estudos Agrários Luiz de Queiroz, da Universidade de São Paulo (FEALQ – USP), avaliarão a oferta e demanda dos grãos produzidos no estado. Os resultados serão divulgados em maio de 2021, já impactando na venda da safra de soja 2020/2021 e no milho segunda safra de 2021.

O projeto tem por finalidade identificar a relação intersetorial do complexo dos grãos (soja e milho), determinando a quantidade ofertada e demandada por Mato Grosso do Sul. “A análise da oferta e demanda permite a visualização do consumo interno de soja e milho pelas cadeias principais. Ajudará a entendermos de maneira mais clara como ocorre a relação dessas culturas, com atividades ligadas à pecuária, por exemplo”, explica o presidente da Aprosoja/MS, André Dobashi, referindo-se à relação com a suinocultura, avicultura, pecuária de corte, piscicultura e outras atividades que demandam soja e milho no estado.

Foto: Wenderson Araujo/Trilu

O projeto também avaliará processos de industrialização dos grãos em produtos como: óleo, farinha e biocombustíveis. Já o processo de exportação, acessível em banco de dados públicos, que atualmente se tem acesso apenas para âmbito internacional, passarão a ter mais detalhes nos volumes negociados no âmbito interestadual. “Nesse quesito, além de entender o trânsito, identificando origem e destino no mercado interno, os estudos poderão nos mostrar alternativas logísticas, a fim de propor melhorias na infraestrutura do estado”, pontua o presidente.

Responsável pela condução do projeto Renata Farias, Economista da Aprosoja, explica que a determinação da quantidade ofertada e demandada pelo estado implicam diretamente no mercado de preços internos, uma vez que quanto maior a demanda e menor a oferta, maior o preço, sendo o contrário também uma realidade. “O crescimento dos complexos de soja e milho foram evidenciados neste ano de pandemia, em que os estoques foram reduzidos drasticamente, com alto volume de vendas antecipadas e sem a rentabilidade que poderia ter sido obtida, com os preços atuais”, pontua Renata.

Dobashi complementa que o projeto de oferta e demanda permitirá um maior e melhor conhecimento, para o produtor e para o mercado, sobre os complexos agro econômicos do estado, estimulando uma melhor comercialização e uma estimativa mais correta da capacidade agrícola do estado.

O projeto, realizado dentro do SIGA/MS, é realizado com apoio do FUNDEMS e SEMAGRO e após os primeiros resultados, deverá ser mantido de forma permanente visando uma melhor condução e avaliação da cadeia da soja e milho estadual.

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