Nesta quarta-feira (07/05) o Governo Federal anunciou as regras do Plano Safra 2017/2018. Foram liberados um montante de R$ 190,25 bilhões para a linha de crédito que ficará disponível a médios e grandes produtores entre 1º de julho deste ano e 30 de junho de 2018. O volume liberado para o Plano Safra 2016/2017 foi de 185 bilhões.
Neste ano, houve redução de um ponto percentual ao ano de juros nas linhas de custeio e de investimento e, de dois pontos percentuais ao ano nos programas prioritários voltados à armazenagem, como o PCA (Programa para Construção e Ampliação de Armazéns), cuja taxa ficou em 6,5% a.a.
Para Christiano Bortolotto, presidente da Aprosoja/MS (Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso do Sul), o volume de recursos corresponde a um valor considerável e dentro da expectativa de volumes disponíveis.
Ainda segundo o anúncio Governo Federal, no custeio, os juros caíram de 8,5% ao ano e 9,5% ao ano para 7,5% e 8,5%. O mesmo aconteceu para os programas de investimento, à exceção do PCA e Inovagro (Programa de Incentivo à Inovação Tecnológica na Produção Agropecuária), nos quais a taxa foi fixada em 6,5% ao ano.
“Houve uma importante redução na taxa de juros, visto que a taxa Selic vem reduzindo significativamente. Os juros podiam ter sido ainda mais reduzidos, mas essa já é uma boa redução na taxa de juros de custeio”, analisa Bortolotto.
Com relação à redução dos juros do PCA, que caiu 2%, o presidente considera que também é uma importante notícia. “No entanto, é preciso ponderar que uma redução ainda mais poderia trazer ainda mais benefícios à cadeia produtiva, visto que a construção de armazéns acontece em longo prazo. Desta forma, temos uma necessidade de um recurso mais longo. Mesmo assim, acreditamos que essa redução vai incentivar a ampliação de investimentos em armazenagem, que é um grande gargalo da nossa agricultura”, afirmou.
“No Brasil, temos uma capacidade de armazenagem muito aquém da necessidade. Em Mato Grosso do Sul, por exemplo temos uma capacidade de armazenar 50% de tudo o que o Estado produz de grãos em um ano safra, e isso é um gargalo que é difícil de resolver”, concluiu o presidente da Aprosoja/MS.
Fonte: Assessoria de Imprensa da Aprosoja/MS