Estabelecimentos de academias e clubes esportivos realizarão avaliação de aptidão física a toda pessoa que se interessa pela pratica esportiva em Mato Grosso do Sul. É o que prevê o Projeto de Lei 275/2017 de autoria do deputado estadual Amarildo Cruz (PT), aprovado hoje em 1ª votação na Assembleia Legislativa.
Segundo o autor da proposta, o objetivo é dar maior proteção à saúde dos praticantes de atividades físicas. “A proposta tem o objetivo de preservar a vida das pessoas. São inúmeros casos que vemos de pessoas que vieram a falecer ao praticar algum tipo de atividade física porque não tiveram um profissional que a avaliou, não sabiam dos riscos de possíveis doenças que podem se desenvolver sem acompanhamento de profissionais de educação física e de saúde”, pontua o parlamentar.
De acordo com o projeto de lei, a análise deve conter anamnese completa – que consiste a narrar o histórico de todos os sintomas relatados pelo paciente-, fatores de risco para cardiopatia, classificação de risco e sintomas e sinais sugestivos de doenças cardiovasculares e pulmonares. Podendo ainda contemplar medidas antropométricas, testes neuromotores e avaliações metabólicas, cardiorrespiratória e postural.
Conforme o projeto, o profissional de educação física, regularmente habilitado, é o responsável pela aplicação da avaliação. Nos casos de eventos coletivos e em academias ao ar livre, o organizador deverá aplicar um questionário de prontidão para atividade física aos participantes.
A proposta determina a realização de avaliação de aptidão física, a todo participante a partir de 15 anos de idade, com validade de 12 meses “O Projeto de Lei é fruto de uma audiência pública realizada na Assembleia Legislativa, que contou com a participação de acadêmicos, associações, conselhos e professores. A avaliação física é um elemento primordial e indispensável para a detecção de fatores limitantes ao treino e para elaboração de um correto e eficiente programa de exercícios. É uma forma de se obter o perfil do avaliado e programar os exercícios adequados sem gerar prejuízos ao aluno”, explicou Amarildo Cruz.