Área dedicada à soja cresce mais de 20% na região de Campo Grande

A área cultivada com soja na região de Campo Grande cresceu 21,2% na última safra. Os dados da Aprosoja/MS (Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso do Sul), mostram que na safra 2017/18 a área era de 64 mil hectares e subiu para 78 mil em 2018/19, o que mostra mais adesão à atividade.

No município de Jaraguari, próximo a Campo Grande, o produtor Ary Oshiro Junior faz integração lavoura-pecuária na Fazenda Pombal e aumentou em 13,4% a área plantada nas últimas duas safras de soja, passando de 520 hectares para 590 hectares. A previsão é chegar a 660 hectares de área plantada da safra 2019/20.

Foto: Divulgação

Na safra 18/19, Oshiro colheu 60 sacas/hectare, mas espera aumento na produção da próxima safra, retomando resultados dos últimos anos. Em relação ao milho safrinha, 2018 foi um ano abaixo da média, com 70 sc/ha em 270 ha, já na safra atual a expectativa é colher 120 sc/ha devido a boa ocorrência de chuvas.

Pecuarista, o produtor iniciou o cultivo de grãos na tentativa de aumentar a produtividade da fazenda, por meio da integração lavoura-pecuária. “Comecei a plantar soja há cinco anos para baratear a pecuária e tem dado muito certo. Hoje para se ter bons resultados com boi a melhor forma é integrar com os grãos”, afirma Oshiro.

A integração lavoura-pecuária gera vários benefícios para o produtor, como explica a Analista Técnica do Sistema Famasul, Tamíris Azoia. “No final do ciclo do pasto a palha deixada serve de cobertura para o solo, favorecendo o plantio direto, com vários ganhos, como o incremento de matéria orgânica, auxílio na supressão de plantas daninhas e estruturação do solo. Pesquisas também indicam diminuição na incidência de alguns fungos e nematoides a depender das espécies cultivadas”.

O ciclo inverso também é benéfico, já que a lavoura contribui para a qualidade do solo. “A gramínea se vale do residual da lavoura, em geral, um solo fértil e corrigido, e então, produz matéria seca mais rápido e com boa produtividade. No geral, a integração promove a biodiversidade da propriedade, que diminui problemas erosivos, o uso de defensivos agrícolas e os custos de produção, além disso, o produtor melhora o fluxo de caixa com a diversificação de sua renda”, destaca Tamíris.

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