Arqueólogos que atuam na Amazônia profunda descobriram evidências de uma rede de cidades remontando a 2,5 mil anos atrás.
A descoberta foi analisada em um estudo publicado na revista Science, falando em “dois mil anos de urbanismo de jardins na Amazônia”.
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Os assentamentos foram encontrados no Vale Upano, no Equador, como resultado de mais de duas décadas de esforços por uma equipe que inclui especialistas do próprio país, França, Alemanha e Porto Rico.
A pesquisa foi possível através de um sistema de sensores, chamado Lidar, capaz de detectar estruturas abaixo das árvores através de lasers.
As análises mostram que as cidades eram ligadas por canais e estradas, e abrigaram milhares de pessoas no período entre 500 a.C. e 300 a 600 d.C., período contemporâneo ao Império Romano.
Essa sociedade, portanto, é anterior à mais antiga amazônica conhecida até então, a de Machu Picchu, no Peru, do século 15.
A descoberta desbanca a crença de que as antigas sociedades da região seriam pouco complexas, nômades ou apenas com pequenos assentamentos, já que foram identificados grandes assentamentos densamente preenchidos, com construções e campos agrícolas.
A proximidade com um vulcão pode ter favorecido a fertilidade do solo, mas também pode explicar a extinção da sociedade, que teria entre 10 e 30 mil habitantes.