Artesãos de projetos de impacto social expõem produtos em feira de São Paulo

A ABCasa Social, frente da associação ABCasa que promove ações de impacto na sociedade, traz para a ABCasa Fair, em sua décima edição, o ABCasa Social + Suzano – espaço para dar visibilidade a nove projetos de artesanato de comunidades apoiadas, também, pela Suzano, empresa referência global na fabricação de bioprodutos desenvolvidos a partir do cultivo de eucalipto. “As ações impulsionadas na feira fomentam intervenções que geram mudanças de curto, médio e longo prazo para o meio ambiente, para a população de comunidades desfavorecidas e para o setor de casa e decoração”, explica Anderson Passos, Diretor Executivo da ABCasa.

Este é o quarto ano consecutivo em que a Suzano é convidada para participar da ABCasa Fair com seus projetos sociais de diversas partes do País. A empresa ainda subsidia a vinda e hospedagem desses representantes durante a exposição. Já a ABCasa cede o espaço no evento. “Por meio do trabalho manual dessas comunidades, fomentamos a criatividade e a expressão artística desses grupos regionais, valorizando a cultura e tradição do povo local, ajudando a proteger nossa história e, ainda, a gerar renda para as famílias”, afirma Adriano Silva Martins, consultor de desenvolvimento social da Suzano.

No ambiente ABCasa Social + Suzano são expostas mais de 400 peças únicas, feitas manualmente, em regiões do Alto Tietê e Vale do Paraíba (Sudeste), Nordeste e Centro-oeste do Brasil, apresentando e representando variados estilos e técnicas, incluindo trabalhos com linha, costura, marcenaria, pintura, vidro, cordas, bordados, velas de cera de abelha, e produtos para uso culinário e de higiene.

O projeto Gestoras da Moda, em sua quinta edição, já formou mais de 200 mulheres e segue com incentivo e parceria do Senai e da Prefeitura de Jacareí. Entre as atividades, estão a costura e gestão do próprio negócio, ensinando o público a precificar e empreender. Andrea Márcia Lopes conta que trabalhou com comércio durante 30 anos. Em 2021, resolveu se qualificar por meio do coletivo. “Hoje, meu trabalho é sustentável, por meio da renovação do jeans usado e com conhecimento industrial da moda, que me possibilita criar bolsas e outras peças de vestimenta”, diz.

Já o Cerâmica Vargem do Tanque é um projeto situado no Vale do Paraíba, em Cunha, especificamente, que resgata a cultura das paneleiras do município. Segundo Marcieli Natalie, integrante da ação, todo o processo de extração da argila, beneficiamento da matéria-prima e montagem são realizados sem maquinário. “Finalizamos com polimento e uma impermeabilização com verniz de cera de abelha”, explica. “Hoje, o coletivo é formado por 16 pessoas, a maioria mulheres da roça. Na ABCasa Fair, é possível colher frutos a longo prazo”, finaliza Nalalie. (Foto: Na imagem, Marcieli)

Serviço:

Expo Center Norte 

José Bernardo Pinto, 333 – Vila Guilherme, 02055-000 – São Paulo – SP | 7 a 11 de fevereiro de 2023

Horários: 

Primeiros 4 dias: 10h às 20h | último dia: 10h às 17h

A abertura dos portões acontece 1 hora antes do início do evento, às 9h.

Há 12 anos em Imperatriz, cidade do Maranhão, na Região Nordeste do País, o projeto Batuk abraça crianças e suas famílias em situação de vulnerabilidade social. As ações viabilizam aulas de música, reforço escolar, esportes e, há um ano, trabalho manual com madeira e outros materiais encontrados no descarte. Naldo Belone, que comanda o projeto e está na exposição representando a comunidade, afirma que a região é rica em madeira e que isso foi o mote para introduzir a luthieria na qualificação dos jovens. “Este ukulelê, por exemplo, foi montado com quatro tipos de madeira”, afirma, enquanto dedilha o instrumento. “Mais do que resgatar matéria-prima, é ressignificar o que encontramos no lixo e, claro, quebrar o ciclo de miséria que alcança a população local”.

Além da música, Belone busca destacar as habilidades manuais da garotada com itens para casa, como um pilão feito de cerejeira, descansos de panelas em formatos variados, porta copos, vasos e adereços. Da cabeceira de uma cama antiga, que seria queimada, foi montado um porta-celular com acústica, para potencializar o som dos aparelhos ali colocados.

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