Rebeldes/Paramilitares realizaram nesta semana um ataque na cidade de Al-Malha, no Sudão, causando a morte de pelo menos 45 pessoas, todas civis. O ataque ocorre após o Exército Sudanês ter retomando o controle do Palácio Presidencial em Cartum, capital do país.
Bandeira do Sudão – Foto: iStock/Divulgação
O Sudão vive uma guerra civil há cerca de dois anos, tendo os rebeldes conseguido vitórias parciais. O último ataque realizado pelos rebeldes foi na cidade de Darfur do Norte, onde morreram 72 pessoas, entre civis e militares do Exército Sudanês.
O ataque, atribuído ao paramilitares das Forças de Apoio Rápido (FAR), tem como objetivo destituir o presidente e o primeiro-ministro, consumando um golpe de Estado.
O Comitê de Resistência Local, pró-democracia, divulgou um comunicado oficial informando que o número oficial de mortos é de 85 pessoas. A entidade forneceu uma lista preliminar de vítimas do massacre em Al-Malha, que incluiu 15 pessoas ainda não identificadas.
Essa entidade documenta a guerra e o número de vítimas, além de ajudar os moradores locais.
O Exército do Sudão conseguiu retomar o controle do Palácio Presidencial em Cartum, capital do país, que havia sido invadido pelos rebeldes da FAR.
Um porta-voz do Exército, que pediu para não ser identificado, disse que o confronto nas imediações do prédio foi violento, com baixas dos dois lados.
O Sudão vive uma guerra civil desde abril de 2023, quando o chefe do exército oficial, Abdel Fath al-Burhan, se desentendeu com seu ex-ajudante de ordens, o general Mohmed Hamdan Daglo, que se tornou líder das FAR, um grupo paramilitar ilegal.
Com a tomada da capital Cartum e com a invasão do palácio presidencial, as autoridades locais fugiram da cidade, se instalando no Porto Sudão, na Costa do Mar Vermelho.
No entanto, tropas alinhadas ao governo permaneceram na capital, Cartum, enfrentado arduamente os rebeldes. Os militares conseguiram retomar os prédios que compõem o complexo presidencial e se apoderam de uma grande quantidade de munições e armadas, deixados para trás pelos paramilitares.
No ataque dos rebeldes, três jornalistas que estavam nas proximidades do palácio, foram mortos quando um drone disparou misseis no prédio.
Os rebeldes conseguiram fugir do Palácio Presidencial e se refugiaram em edificações localizadas no centro da cidade. A região encontra-se cercada pelos militares do Exército. Há relatos de intensos tiroteios.
A orientação das autoridades sudanesas é para que a população civil permaneça em suas casas com as portas e janelas trancadas.
Com informações das Agências Brasil e Estado
