Atual bicampeão, o queniano Paul Kipkorir Kipkemoi será a grande estrela no 33º 10 KM Tribuna FM-Unilus, a maior corrida de rua do País na distância, que será realizada no próximo dia 20, em Santos. O atleta retorna à disputa querendo igualar o feito de outro ícone africano, João Ntyamba, corredor de Angola, que disputou seis olimpíadas e na disputa santista venceu três anos seguidos em 2000, 2001 e 2002, e também de suas compatriotas Eunice Kirwa, tricampeã de 2009 a 2011, e Nancy Jepkosgei Kiprop, vitoriosa de 2013 a 2015.
Kipkemoi comandará um verdadeiro esquadrão africano na corrida. Serão sete atletas do continente disputando as vitórias. Também estão confirmados Mejam Reginald Lucian, da Tanzânia, Gudima Kebeta Geleta, da Etiópia, e Maxwell Kortek Rotich, de Uganda, na disputa masculina, além da etíope Meseret Gezahegn Merine, da tanzaniana Anjelina John Joseph Yumba e da queniana Christine Chepkemei.
Na primeira vitória, em 2016, Paul Kipkemoi venceu a prova em 28min55s, e garantiu o bi no ano passado, com 28min27s. Vale destacar que os quenianos têm história na corrida em Santos e, inclusive, são os detentores dos recordes, com Edwin Kipsang Rotich estabelecendo 27min45s, em 2013, e Paskália Kipkoech, com incríveis 30min57s, na edição anterior, para garantir a segunda melhor marca do mundo naquele ano.
Além dos recordes, o domínio em vitórias nesta última década é marcante. Nos últimos 11 anos foram 15 títulos dos 22 em disputa no masculino e feminino, sendo quatro dobradinhas seguidas em 2012, 2013, 2014 e 2015. A participação dos quenianos é relativamente recente, começou em 2000 e, de lá para cá, em 18 edições da prova, foram 18 vitórias, nove para os homens e nove para as mulheres.
Na disputa masculina, de 2004 para cá, só o brasileiro Marilson Gomes dos Santos esteve entre os quenianos, com cinco das seis vitórias que teve em Santos, sendo a última em 2011. Já entre as mulheres, depois de sete vitórias seguidas do Quênia, Failuna Matanga garantiu a primeira conquista para a Tanzânia, em 2015, enquanto que no ano passado, Tatiele Roberta de Carvalho levou o Brasil ao lugar mais alto do pódio depois de nove anos de domínio africano.
Primeira vitória queniana em Santos foi em 2001
O ano de 2000 marcou o início de uma nova era nos 10 KM Tribuna FM-Unilus. Se o angolano João Ntyamba abriu a sequência de seus três títulos, sendo o primeiro atleta do continente africano a subir no lugar mais alto do pódio, também foi a edição em que um queniano estreou na prova, com Willian Mysyoke, ainda no modesto sexto lugar.
Mas logo no ano seguinte, o Quênia começava sua história de vitórias, com Leah Kiprono, em dobradinha feminina com Catherine Mutwa. Depois disso, os atletas quenianos sempre estiveram presentes e entre os favoritos, mas a série de vitórias começou em 2004, com Benson Cherono.
De lá para cá, incrivelmente só em 2006 não houve quenianos no lugar mais alto do pódio. Em 2005 foi a vez de Margaret Karie. Já em 2007, Lawrence Kiprotich evitou o terceiro título seguido de Marilson Gomes. Naquele ano, Genoveva Kingen ficou com o segundo lugar.
Em 2008, mais um título, com a dobradinha masculina de Joseph Ngetich e Joshua Kemei e ainda o vice no feminino, com Anne Bererwe. No ano seguinte, Eunice Kirwa iniciava a sequência do tri, com uma disputa acirrada com Luzia Pinto, para garantir o recorde feminino, com 32min52s, quebrando a marca de 32min57s, da equatoriana Marta Tenório, estabelecida em 98.
No masculino, o Quênia garantiu os segundo e terceiro lugares, com Biwott Kipleting e Emmanuel Bett, atrás de Marilson. Eunice voltou ao lugar mais alto do pódio em 2010, numa dobradinha com Rumukol Elizabeth Chepkana. Entre os homens, o segundo, terceiro e quarto lugares, com Emannuel Kipkemei Bett, Mathew Cheboi e Kiprop Mutai, mais uma vez com vitória de Marilson.
Em 2011, Nicholas Keter e Joshua Kemei ficaram em segundo e terceiro lugares e Kipkemei Mutai foi o oitavo, na comemoração do hexa de Marilson. Entre as mulheres, Eunice chegou ao tri, com Maurine Kipuchumba em quinto lugar.
RECORDES – Na edição seguinte, a primeira dobradinha nas duas categorias, com Mark Korir e Paskalia Kipkoech, essa com um desempenho fantástico, para garantir o recorde, com incríveis 30min57s, a segunda melhor marca do Mundo em 2012. Ainda na prova, Stanley Koech ficou em terceiro e Kiprop Mutai foi o quinto.
Na prova feminina, além de pulverizar o recorde, Paskália impediu o tetracampeonato de Eunice Kirwa, que voltou a correr bem, chegando em segundo lugar. Selly Korir foi a sétima. Em 2013, mais um domínio duplo do Quênia, com Edwin Kipsang Rotich comemorando o novo recorde masculino, para superar a marca de Marilson Gomes dos Santos, de 27min59s.
Mark Korir voltou a correr forte, sendo o segundo colocado, com Joseph Aperumoi em quarto. Entre as mulheres, houve a dobradinha queniana com Nancy Kiprop e Maurine Kipchumb, tendo Leah Jerotich em quinto. Os quenianos repetiram o domínio em 2014, com Joseph Kachapin Aperumoi vencendo com 28min17s, Stanley Koech em segundo, com 28min47s. Entre as mulheres, Nancy Kiprop cruzou a linha de chegada em 32min13s e Delvine Meringor, com 32min21s.
Edwin Kipsang Rotich festejou o bicampeonato (28min20s), enquanto que Nancy Kiprop foi a tri (32min28s) em 2015. O Quênia ainda faturou o terceiro e quinto lugares no masculino, com Joseph Kachapin Aperumoi e Edwin Kiprop Kibet e entre as mulheres o domínio foi total, também com Delvine Relin Meringor na segunda posição e Maurine Jelagat Kipchumba na sequência.
Em 2016, os três primeiros lugares foram novamente do Quênia, com Paul Kipkorir Kipkemoi, vitorioso com 28min55s, tendo Willian Kibor em segundo lugar e Edwin Kiprop Kibet em terceiro. As mulheres, depois de sete anos seguidos, não levaram o primeiro lugar, conquistado pela tanzaniana Failuna Abdi Maranga, por cinco segundos de vantagem, sobre Esther Chesang Kakuri. Jane Jelagat Seurey foi a terceira e Carolyne Chemutai Komen, a quinta, todas do Quênia.
Já no ano passado, Paul Kipkorir Kipkemoi repetiu a vitória, com 28min27s, enquanto que entre as mulheres, Leah Jerotich, de volta ao Brasil, ficou em terceiro. Vale ressaltar que dos dez melhores tempos masculinos da história da prova, os africanos têm seis marcas, sendo cinco de quenianos. Na lista feminina, o domínio é maior, com oito registros entre os dez melhores – sete do Quênia, incluindo os seis primeiros.
Sábado tem mais um Treine com os Campeões, com Vanderlei Cordeiro de Lima
Depois do bicampeão mundial dos 100 km Valmir Nunes e do hexacampeão dos 10 Km Tribuna FM-Unilus e bi da Maratona de NY, Marilson Gomes dos Santos, o Treine com os Campeões terá a sua terceira edição no sábado (12), com o ícone Vanderlei Cordeiro de Lima. O evento é aberto a todos interessados
O Treine com os Campeões terá o seu terceiro e último encontro no próximo sábado (12), novamente às 9 horas, na Concha Acústica, com a presença do herói olímpico, Vanderlei Cordeiro de Lima, outro grande ícone do atletismo e que também já venceu em Santos. O evento é aberto a todos interessados e terá o mesmo formato, com um bate-papo entre os participantes e depois um treino de 5 km pela praia, num ritmo bem confortável.