O valor da conta de luz é uma preocupação constante na vida dos brasileiros, mas que foi potencializada com o anúncio de que os valores subirão ainda mais no mês de outubro, devendo permanecer mais caros até o final do ano. Neste cenário, e com tarifas de energia que variam entre os estados, é uma prática da população buscar na internet por diferentes formas de economizar energia.
Com a notícia de que o valor da tarifa chegará ao patamar de bandeira vermelha nível 2, os brasileiros entraram em alerta para poupar no consumo de luz de suas casas. Com a taxa anunciada, a conta ficará R$7,87 mais cara a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos no mês. Mas quais são as regiões brasileiras que mais buscam pela economia de energia? Essa foi a pesquisa realizada pela Descarbonize Soluções, especialista em energia limpa, que revelou que a região Centro-Oeste é a que mais procura no Google por formas de reduzir os custos da conta de luz.
Por que a conta subiu?
O aumento da conta de energia é uma resposta às condições climáticas atuais do Brasil. Com a previsão de chuvas inferiores à média para setembro e os reservatórios das hidrelétricas estando abaixo de seus níveis padrões, em função da seca, o país precisa recorrer ao uso de suas termelétricas, que geram energia de forma mais cara e menos eficiente. Esse valor adicional é repassado para a população através da conta de luz, resultando em um aumento significativo para o consumidor final.
Quais regiões mais buscam por economia de energia?
Para algumas regiões, além do valor que será acrescido na conta de luz, ainda existem as bandeiras tarifárias mais elevadas. Isso porque, a taxa cobrada pela energia no Brasil não é padronizada, tendo um valor específico para cada estado de acordo com cada distribuidora de energia.
Dentro deste panorama, abaixo, é possível conferir as regiões brasileiros que mais buscaram por termos como “economia de energia” no Google no último ano:
No ranking dos estados que mais buscaram por economia de energia, o Distrito Federal aparece na 4° colocação, enquanto Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Goiás ocupam, respectivamente, às 6°, 11° e 13° posições. Na somatória do volume de buscas anuais, no entanto, a região se destaca em primeiro lugar.
Tatiane Fischer, CMO da Descarbonize Soluções, analisa os rankings em comparação às taxas de energia: “Os números fazem ainda mais sentido quando se relaciona o ranking com as tarifas energéticas dos estados do Brasil. A região Centro-Oeste realmente está entre as que possuem as taxas mais altas do país. O ranking reflete a necessidade da população das regiões que pagam mais pela luz em encontrar formas de poupar energia e dinheiro com essas contas.”
Alternativa sustentável e econômica
Em um contexto em que é possível se perceber, cada vez mais, os impactos ambientais no dia a dia da população, o investimento em outras formas de produção de energia renovável, se tornam ainda mais importantes. No cenário atual, em que o impacto chega também na conta de luz, considerar investir em fontes alternativas e sustentáveis, como os sistemas solares, é uma solução que pode trazer benefícios a curto, médio e longo prazo.
“Este é um período em que é normal acontecer alguns ajustes tarifários em função dos efeitos climáticos. Em breve, entraremos também no verão, e a conta de luz segue sendo uma vilã nas casas brasileiras em função da maior utilização de eletrodomésticos como ares condicionados e ventiladores. Com essas previsões, e com o cenário ambiental em estado crítico, a energia solar segue sendo a alternativa mais interessante”, explica Fischer.
“Além de ser uma forma de equilibrar o sistema de energia com o meio ambiente e incentivar um uso mais consciente das fontes naturais, os sistemas solares trazem vantagens econômicas para o consumidor, pois o valor aplicado na instalação de um sistema fotovoltaico se paga no período de três a cinco anos. Outra grande vantagem é que um projeto tem vida útil de mais de 25 anos, exige pouca manutenção e seguirá trazendo economia para o consumidor durante todo o seu tempo de funcionamento”, completa Fischer.