Baixas temperaturas e excesso de chuvas: saiba o que de fato pode afetar sua lavoura

Conheça os estresses mais frequentes e como se prevenir no período inicial da cultura da soja

Foto: Divulgação

A agricultura é uma atividade extremamente dependente de condições climáticas e, mesmo empregando as melhores técnicas de plantio, a cultura pode sofrer estresses no início do seu ciclo, que colocam em risco seu potencial produtivo. O plantio é um dos períodos de maior importância para a cultura da soja, pois é nesse momento que se determina o estabelecimento do estande, que irá refletir em altas produtividades. Para te auxiliar a minimizar esses estresses no começo do ciclo da soja, existem novas tecnologias que atuam diretamente na nutrição e fisiologia das plantas, melhorando seu desenvolvimento inicial.

Destacamos abaixo como estas tecnologias podem auxiliar no momento do plantio e como evitar possíveis danos ocasionados por estresses.

Quais os estresses mais frequentes após o plantio de soja e como afetam sua lavoura? 

Devido ao clima tropical de nosso país, estresses abióticos são muito comuns no início do ciclo da soja, mas isso é algo que tem se intensificado nas últimas safras devido a fenômenos climáticos como o “La Niña”. Desta forma, as variações climáticas podem gerar condições de ambiente bastante instáveis neste período, como: déficits hídricos, excesso de chuvas, altas e baixas temperaturas e maior ocorrência de dias nublados no período pós-plantio. Entender como essas condições de estresse podem afetar o cultivo e principalmente conhecer estratégicas para minimizar esses danos é de suma importância para atingir altas produtividades.

Quais são os principais danos ocasionados por estresses climáticos na soja?

Na fase vegetativa da soja as temperaturas ideias são próximas a 30 ºC. Temperaturas baixas nesse período, como vem ocorrendo em muitas regiões do país, podem atrasar a emissão de novas folhas, demorando mais para que a lavoura consiga fechar a entrelinha, favorecendo a competição com plantas daninhas e diminuindo a eficiência no aproveitamento de água e nutrientes.

A ocorrência de estresse hídrico pode impactar negativamente na absorção de água, germinação de sementes, fechamento estomático, transpiração, fotossíntese, atividade enzimática, metabolismo do nitrogênio e outros processos. Por outro lado, o excesso de água resulta em plantas de pequena estatura, com folhas pequenas e amareladas, entrenós curtos, raízes adventícias e nódulos na superfície do solo, com a base do caule apresentando tecido esponjoso (aerênquima).

O encharcamento e o mau arejamento do solo diminuem o crescimento das raízes, podendo causar deficiências nutricionais e o favorecimento à ataques de doenças radiculares. Durante a estação de crescimento, o alagamento do solo, provocado por chuvas em excesso e drenagem deficiente, pode prejudicar a atividade microbiológica e a fixação biológica do nitrogênio, com reflexos na qualidade dos grãos e na produtividade.

Como prevenir os danos ocasionados por estresses climáticos pós-plantio?

Uma boa nutrição de plantas e uso de novas tecnologias podem tornar seu cultivo mais eficiente no uso da água, luz e oxigênio e, consequentemente, mais tolerante em situações de estresse. Dentre os produtos disponíveis no mercado, os fisioativadores têm apresentado os melhores resultados para prevenir situações de estresse pós-plantio.

Os fisioativadores são substâncias e/ou microrganismos que quando aplicados na planta ou rizosfera estimulam processos naturais que beneficiam a absorção, uso eficiente de nutrientes, tolerância ao estresse abiótico e/ou a qualidade da cultura, independentemente de seu conteúdo nutricional.  Em relação ao uso isolado de hormônios, os fisioativadores possuem a vantagem de atuar em diversas rotas metabólicas da planta, o que acelera e potencializa sua resposta.

Mesmo que situações de estresse não ocorram após o plantio da sua lavoura, o uso de fisioativadores é uma prática recomendável que pode auxiliar muito o desenvolvimento da cultura, uma vez que esses produtos favorecem o metabolismo das plantas melhorando seu desempenho produtivo. Para um melhor controle e recuperação de estresse de plantas, no início do ciclo muito técnicos aplicam juntamente com os fisioativadores produtos à base de aminoácidos, o que tem potencializado o resultado destes produtos.

Os aminoácidos também podem apresentar um importante papel como desintoxicantes nas plantas, pois esses compostos têm a capacidade de atuar em processos morfofisiológicos dos vegetais, como: precursores hormonais, ativadores enzimáticos, e auxiliando na liberação de outros compostos para tolerância a estresse (Castro, 2009). Quando bem posicionado, ganhos como maior eficiência do metabolismo antioxidante e maior acúmulo de nutrientes são perceptíveis, efeitos diretos e indiretos da redução de estresses vegetais, sendo essenciais para recuperação após um período de estresse.

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