Os consumidores de todo o país sentirão novo peso no bolso em novembro com o acionamento da bandeira vermelha – patamar 1 na conta de luz.
Segundo o anúncio feito pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), na última sexta-feira (25), serão R$ 4,169 a mais cobrados para cada 100 quilowatts-hora consumidos.
O motivo alegado é mais uma vez o baixo volume de chuvas nas regiões das hidrelétricas, fonte na qual depende a maior parte da geração elétrica no Brasil.
Com os níveis dos reservatórios já abaixo das médias históricas, é esperada a queda da produção hídrica e aumento no uso de termelétricas.
Assim, o custo mais elevado dessa fonte de geração repercute no bolso dos brasileiros, que arcam com a conta no final do mês.
Este novo aumento marca o sexto mês de 2019 com acréscimo nas contas dos consumidores, que já pagaram por três bandeiras amarelas e duas vermelhas – patamar 1.
Reajuste Deixa Bandeiras Mais Caras
Em maio deste ano, a Aneel aprovou o reajuste dos valores das bandeiras tarifárias, que entrou em vigor a partir do dia 1º de junho de 2019.
O aumento veio por conta de uma nova metodologia aplicada para avaliar os riscos na geração das hidrelétricas do país, a qual alegou ser mais assertiva com a realidade do setor.
Todas as bandeiras com cobrança adicional tiveram acréscimos, que chegaram a até 50% do valor original.
Com o novo sistema, a bandeira amarela aumentou de R$ 1,00 para R$ 1,50, a vermelha patamar 1 passou de R$ 3,00 para R$ 4,00 e a patamar 2 de R$ 5,00 para R$ 6,00.
A bandeira verde, que já era sem acréscimo, foi a única sem alteração. Todos os adicionais são válidos para cada 100 quilowatts-hora consumidos.
Solução Está no Sol
Estes novos aumentos nas já onerosas contas de luz têm levado cada vez mais brasileiros a apostarem na geração própria de energia por placas solares.
A tecnologia, que permite redução de até 95% nas faturas, também livra o consumidor dos aumentos das bandeiras e novos reajustes nas tarifas das distribuidoras.
Com a queda dos preços dos sistemas fotovoltaicos, a fonte se espalha em todo o país, impulsionada também pelas mais de 70 linhas de financiamento para energia solar disponíveis.
O segmento de geração distribuída, criado em 2012 pela Aneel, registra quase 129 mil conexões, sendo 99% delas de geradores solares.
A tendência se intensificou em 2019, que já registra o dobro de conexões do ano passado.
Segundo a última previsão da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), serão 1,35 milhão de brasileiros gerando a própria energia até 2027.