Boa atuação em Bells anima Wiggolly Dantas para etapa de Margaret River

Em sua segunda temporada no WCT e com mais experiência, surfista de Ubatuba confia em crescimento no Tour.

Surfista Wiggolly Dantas na Etapa Bells – Foto: Ed Sloane/WSL

Surfista Wiggolly Dantas na Etapa Bells – Foto: Ed Sloane/WSL

Ele liderava a bateria a caminho da semifinal do Rip Curl Pro Bells Beach, a 2ª etapa do WCT, na Austrália, e nos segundos finais o líder do ranking, Matt Wilkinson, virou o resultado. Apesar de perder a chance de garantir a sua melhor colocação no Tour, o brasileiro Wiggolly Dantas não desanimou. Pelo contrário, tirou a situação como mais uma lição e um incentivo para o que vem pela frente, feliz com o bom resultado logo no início de temporada.

“Seria a minha primeira semifinal no WCT, mas com certeza um quartas-de-final em Bells me ajuda muito para o final do ano. É um resultado que vai somar. Certeza! E estou bem focado esse ano. Estou com pranchas boas, bem tranquilo, com cabeça boa e surfando bem. Então, isso é o que importa. A cada etapa aprendo mais”, diz o atleta de 26 anos, que está em sua segunda temporada na elite mundial.

Agora, na etapa de Margaret River, também na Austrália, ele compete com boas expectativas, sobretudo se o mar estiver grande. Atual décimo colocado no ranking, o surfista de Ubatuba confia na sua especialidade, os tubos e ondas grandes. “É uma onda que sempre está grande, uma onda pesada, que gosto de surfar. Acho que vai sair um bom resultado daqui”, confia o atleta, escalado para a 12ª e última bateria do round 1, contra Josh Kerr e Jadson André.

Surfista Wiggolly Dantas na Etapa Bells – Foto: Kelly Cestari/WSL

Surfista Wiggolly Dantas na Etapa Bells – Foto: Kelly Cestari/WSL

Junto com Margaret, Guigui, como é conhecido entre os amigos, elege as ondas que pode e espera boas atuações. Pipeline não poderia faltar. A emblemática onda havaiana, aliás, é um capitulo a parte nessa trajetória, tanto por sua vivência, quanto pela estreia no WCT no ano passado. “Acredito que posso fazer bons resultados em J-Bay, Fiji, Teahupoo, Pipe”, anuncia.

E falando em ondas, ele lembra a disputa no Havaí, onde alimentava grande expectativa. “Ano passado foi muito triste competir num mar que não tinha nem tubo. Aquilo não era Pipeline na minha opinião. Minha bateria que perdi para o Bede Durbidge, a maior somatória foi 2.90. Esse ano espero mais”, ressalta Wiggolly, que tem uma longa convivência com a onda havaiana.

“Gosto de treinar, testar pranchas e pegar tubos em Pipeline, na minha opinião a melhor onda do Mundo. Há mais de 15 anos que fico lá alguns meses do ano, treinando e aprimorando mais o meu surf. É muito importante para a carreira de uma atleta ficar no Havaí”, reforça o surfista brasileiro.

Surfista Wiggolly Dantas – Foto: Boskophoto

Surfista Wiggolly Dantas – Foto: Boskophoto

Confiando no crescimento na temporada, ele conta com uma equipe multidisciplinar, que tem seu irmão Wellington Carrane, como técnico, e ainda sua mãe, Elaine Almeida, como administradora da carreira, sua irmã, Suelen Naraisa, como consultora, e a namorada Joana Machado, cuidando das mídias sociais.

“A expectativa para esse ano é boa. Estou treinando bastante o físico, fazendo pranchas com Mayhem, Strecrh, com Byrne, da Austrália. As pranchas estão muito boas. Tem o treino funcional, o físico com o Devid Prates. Treino com o meu irmão na praia, com filmagens, testando todas as pranchas. É uma equipe trabalhando, incluindo o meu médico, o Franz (Burini), e o Georges Issa, que cuida de tudo com viagens, patrocínios”, explica.

AVALIAÇÃO – Ao mesmo tempo que demonstra total confiança em sua evolução, Guigui analisa a temporada de estreia no WCT como forma de corrigir os erros. “No ano passado, foi bom, mas ficou aquele gosto de faltou um pouquinho. Queria mais do que fiz. Alguns eventos foram difíceis. Como eu era rookie, ficava difícil saber a prancha certa, aprendi que tem de chegar um tempo antes no lugar, e continuo aprendendo e muito no Tour a cada bateria. Isso é muito importante”, comenta Wiggolly Dantas, feliz com outra avaliação feita.

“Muitas pessoas estão falando que minhas manobras de backside estão muito boas. Tem vários surfistas bons de backside no Tour, mas estou me destacando, porque tenho uma batida muito forte, que sai bastante água. Isso deixa a autoestima muito elevada. Saber que todo mundo acha meu backside bem potente, é incrível”, finaliza o surfista, que em 2015 terminou o ranking em 15º lugar, somando três quartas-de-final.

Wiggolly Dantas surfa com o patrocínio da Quiksilver e co-patrocinios de Mini Kalzone, Circuit Equipament, Nossolar, Komunity e apoio da Dahui Hawaii.

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