O Toyota Corolla não poderia deixar de ganhar destaque entre os seminovos. A versão XEi 2.0 escolhida trazia algumas alterações, além do motor 2.0, naturalmente mais carregado no wasabi do que o pacato 1.8, mantido em linha. Os valores médios encontrados ficam entre R$ 37 mil a R$ 45 mil, o que torna os três volumes médios uma alternativa para aqueles que desejam um sedã compacto mais recente pelo mesmo preço. Mas será que com tantos anos de uso o Corolla ainda é uma boa compra?
Custo-benefício e itens de série
Se não é tão espaçoso, o Corolla antigo já vinha bem equipado. A versão básica com motor 2.0, chamada de XEi empolga na lista de itens, com ar digital, retrovisores rebatíveis eletricamente, airbags laterais e bancos de couro. Claro que alguns pontos entregam a idade, tais como o som sem Bluetooth e USB, mas você pode correr atrás de acessórios. Embora elevados, os custos de seguro e das peças são inferiores aos do Honda Civic.
Caso você deseje um carro mais equipado, dá para gastar alguns milhares de reais a mais para levar o Altis 2.0 para casa (fotos de ilustração). O top de linha vinha com itens extras como acabamento em couro bege com banco elétrico para o motorista, sensor de estacionamento, detalhes que imitam madeira, sensor de chuva e de luminosidade, além de faróis de xenônio. Só que os valores ficam entre R$ 42 mil e R$ 50 mil, prepare-se para pesquisar. Vale lembrar que os Corollas reestilizados do ano/modelo seguintes podem sair mais caros.
Espaço interno e porta-malas
A tocada no dia a dia é suave e confortável, contudo, o espaço no banco traseiro é inferior ao de muitos sedãs compactos atuais: a medida de 2,60 m de entre-eixos fica para trás do Logan e Cobalt. Apenas adultos com menos de 1,80 metro ficarão plenamente confortáveis atrás. Ao menos, o porta-malas de 470 l é mais que suficiente.
Desempenho e consumo
A despeito do câmbio automático de apenas quatro marchas, o Corolla XEi 2.0 é esperto. O mérito vai para o motor com duplo comando variável de válvulas. São 153/142 cv e 20,7/19,8 kgfm de torque a 4.000 rpm, respectivamente com etanol e gasolina. A alta taxa de compressão de 12,1:1 ajuda no desempenho quando abastecido com álcool, o que ajuda o sedã a ir de zero a 100 km/h em bons 10,4 s.
Uma retomada média como de 60 a 100 km/h leva apenas 6,2 segundos, a despeito da caixa de quatro velocidades. E a frenagem de 80 km/h até a imobilidade percorre somente 26,5 metros, uma marca bem melhor do que a dos Corolla atuais. O preço do upgrade na litragem do motor de 1.8 para 2.0 está no consumo de etanol, de apenas 6,1 km/l na cidade e 10,5 km/l na estrada.
Seguro, peças e desvalorização
O seguro é proporcional ao valor do carro e a média das apólices pesquisadas foi de R$ 2.875. A desvalorização dos modelos antigos não chega a ser tão favorável, são 10,3% ao ano na unidade escolhida. Por sua vez, a cesta de peças chega a R$ 5.845, mas não cobra tão caro por peças de reposição como amortecedores.
Cesta de peças: Retrovisor direito, farol direito, para-choque dianteiro, lanterna traseira direita, filtro de ar do motor, jogo de quatro amortecedores, pastilhas de freio dianteiras, filtro de óleo do motor e filtro de combustível.
Seguro: As cotações foram feitas pela Limiar Seguros (11-2506-9242) com base no perfil de um homem de 40 anos, casado, morador da Zona Sul de São Paulo, sem bônus.