Bonito 21K reuniu mais de 2 mil atletas para grande celebração ao esporte

Evento aliou provas de corrida de rua e ciclismo de estrada com preservação do meio ambiente por meio de iniciativa lixo zero

Largada da Bonito 21K – Crédito: Maruan Monteiro

Foi realizada entre os dias 2 e 4 de dezembro a 8ª edição da Bonito 21K, que reuniu mais de 2 mil atletas de todo o Brasil para provas de corrida de rua e ciclismo de estrada e movimentou cerca de 6 mil pessoas na cidade. Conhecido por ser pioneiro, depois de ter a primeira meia maratona homologada pela Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt) em Mato Grosso do Sul, neste ano o evento foi o primeiro de Bonito com meta lixo zero, com mais de uma tonelada de lixo recolhido e tratado pela startup Ciclo Azul. Com o sucesso obtido neste ano, já foi confirmada a próxima edição da Bonito 21K em 2023, novamente no primeiro fim de semana de dezembro.

Este ano a gente termina mais uma prova satisfeitos não só com o feedback positivo dos atletas, mas por ver que a Bonito 21K, mais do que um evento esportivo, é um evento de experiência, que as pessoas trazem a família, os amigos, vem passar o fim de semana em Bonito, e a gente tem conseguido evoluir junto aos atletas. A cada ano queremos agregar mais à experiência de quem participa da Bonito 21K”, resume a organizadora da prova, Kassilene Cardadeiro.

Outra iniciativa inédita de 2022, a premiação extra de 50% sobre o prêmio do primeiro lugar para quem conseguisse bater o recorde da meia maratona também deu resultado: a atleta Alice Yuri Lima, que veio de São Paulo, completou em 01:24:45, com mais de um minuto de diferença para a marca anterior. Ela participou junto com o namorado Leonardo Santana, que ficou em segundo lugar na meia maratona masculina. “Quando eu vi que o recorde da prova era um tempo muito bom, pelo percurso, pela dificuldade do clima, sabia que estava preparada para tentar, tentei e deu certo. No final eu estava quase me entregando, mas olhei para o relógio, vi que dava recorde ainda e veio aquela motivação. Agradeço à organização da prova por esse incentivo que faz total diferença para o esporte”, afirma a campeã.

A emoção da chegada da Bonito 21K – Crédito: Maruan Monteiro

O balanço é positivo, o tempo ajudou, a chuva que a gente teve deu uma amenizada no calor e tudo correu da melhor maneira possível. Ter esse bônus do recorde da prova é um incentivo a mais para o atleta superar seus limites, treinar mais, e como foi bem recebido vamos manter essa premiação nos próximos anos”, comenta André Milani, diretor técnico da Bonito 21K. Ao todo, foram 18 árbitros da Federação de Atletismo de Mato Grosso do Sul (Fams) acompanhando as provas em pontos estratégicos e certificando que tudo saísse dentro do planejado.

Na meia maratona masculina, o primeiro lugar foi para o bicampeão Glenison Gilbert de Carvalho, que já havia vencido em 2021, com tempo de 01:08:38. Os vencedores da prova de 5 km nas categorias masculina e feminina foram Bruno Shinji Shimada, tempo de 00:17:14, e Maira Brum (43 anos), tempo de 00:22:07. Já no percurso de 10 km, quem chegou na primeira posição foram Jonas Nunes Barbosa, tempo de 00:34:06, e Francielle Magalhães Ferreira, tempo de 00:44:54.

Além de recordes e da superação de limites, a Bonito 21K também é feita de histórias inspiradoras. Houve quem corresse para comemorar o fim de um tratamento de câncer, houve participação de transplantados de medula celebrando a nova oportunidade de vida plena e houve quem encontrou na corrida a força para superação do luto. É o caso de Denise Bolini, de 55 anos, que veio de Corumbá para correr os 10 km pela primeira vez. Ela perdeu o marido para a Covid-19 e participava com uma foto dele posicionada em seu peito. “A corrida me deu o foco que eu precisava para não entrar em depressão. Ainda é muito difícil, mas correr me ajudou a sair desse lugar escuro que eu estava entrando. Para mim, foi uma salvação”, define a corredora.

Ciclismo na Bonito 21K – Crédito: Maruan Monteiro

Prova de ciclismo se consolida como uma das maiores do Estado

No domingo, logo pela manhã, foram realizadas as provas de ciclismo, com percursos de 53 km e 121 km nas categorias feminina e masculina, divididas entre modalidades speed e MTB (mountain bike). A largada, no entanto, foi coletiva. Novamente pancadas de chuva ficaram responsáveis por amenizar o calor, e não foram registrados incidentes durante a realização. Nos 53 km, os vencedores da categoria masculina foram Otavio Moreira Soares (speed), tempo de 01:28:35, e Rudnei Antunes Amorim, tempo de 01:28:35 (MTB). Entre as mulheres, saíram campeãs Maria Luiza Balduino (speed), tempo de 01:33:17, e Fernanda Oliveira (MTB), tempo de 02:08:16.

Rudnei, que veio de Rio Brilhante, onde tem uma bicicletaria, chamou atenção ao conquistar a primeira colocação geral dos 53 km com uma bicicleta um tanto diferente. Com quadro de uma Caloi de 1970, ela foi totalmente reformada por ele, com um custo bem menor do que o usual para uma bicicleta de competição. “Essa bike era de uma cliente, estava jogada toda podre, aí eu peguei e fui ajeitando ela. Foram seis mil reais investidos para montar ela, as outras bikes que eu tenho estão no valor de R$ 25 mil, mas eu amo essa bicicleta. Qualquer bicicleta dá para você investir, o que manda é o treinamento. Se você treinar, se preparar e amar sua bicicleta, ela anda igual uma speed de carbono de 40/50 mil”, garante.

Já na prova longa de 121 km, outro bicampeonato. Na modalidade speed, Leonardo Pereira foi novamente o primeiro colocado, com tempo de 03:06:12. “Foi minha terceira participação, ano passado saí campeão da prova e esse ano graças a Deus novamente. A prova só vem melhorando, que ela dure muito tempo e que cada vez venha mais gente de fora, porque ela integra de uma forma muito interessante todas as categorias de atletas, do mountain bike ao speed, do passeio ao alto rendimento”, define Pereira. No MTB, o campeão foi André Silas Oliveira, com tempo de 03:09:21. Entre as mulheres, impressionando pela pouca diferença para o pelotão masculino, a campeã da categoria speed foi Valéria Crema Boni, com tempo de 03:10:57. No MTB, a primeira colocada foi Thaissinara Pupile Barbosa, com tempo de 03:45:14.

Evento foi o primeiro com meta lixo zero

Por ser realizada em um dos mais visitados destinos de ecoturismo do Brasil e do mundo, a Bonito 21K aliou a prática esportiva com a preservação do meio ambiente. Por meio de uma parceria com a startup Ciclo Azul, todo o lixo, tanto do percurso da prova quanto da Praça da Liberdade, onde aconteceram as largadas, foi recolhido e tratado, com a maior parte dele indo para a reciclagem e o restante recebendo destinação adequada. O evento também teve patrocínio da Ambiental MS Pantanal, responsável pelos serviços de coleta e tratamento de esgoto em 68 municípios de MS. “Temos como missão promover a saúde e a preservação do meio ambiente. A estratégia lixo zero é importantíssima porque o tratamento do esgoto começa na destinação correta do lixo, porque evita desse lixo chegar nas estações e provocar uma série de problemas”, comenta Paulo Antunes, diretor de relações institucionais da MS Pantanal.

Serviço: A 8ª edição da Bonito 21K teve realização da ADAC – Associação Desportiva Atletas de Cristo e organização da H2O Ecoturismo. Patrocínio: Ambiental MS Pantanal. Apoio: Fundação de Turismo de Mato Grosso do Sul, Semagro, Fundesporte, Governo do Estado de Mato Grosso do Sul, Sectur e Prefeitura de Bonito. Lista completa dos resultados pelo site: www.bonito21k.com.br. Mais informações pelo Instagram @bonito21k.

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