Após participar dos Jogos Olímpicos na França, a mesatenista brasileira Bruna Alexandre está de volta a Paris para enfrentar o desafio das Paralimpíadas.
Natural de Santa Catarina, a atleta de 29 anos será protagonista de um feito inédito no esporte brasileiro, pois jamais na história alguém defendeu o país nos dois megaeventos.
A esportista, que teve o braço direito amputado quando tinha apenas seis meses de vida em razão de uma trombose provocada por uma injeção mal aplicada, seguiu os mesmos passos do corredor sul-africano Oscar Pistorius e da também mesatenista polonesa Natalia Partyka.
Nas Olimpíadas, a trajetória de Bruna foi interrompida logo na primeira rodada, pois o Brasil teve o azar de enfrentar a complicada Coreia do Sul, mas a catarinense fez consistentes partidas de duplas e individual.
Bicampeã brasileira, entre atletas sem deficiência, e medalhista de bronze nos Jogos Pan-Americanos de 2023, em Santiago, Bruna mira conquistar uma medalha nas Paralimpíadas de Paris. Ela é também a maior medalhista paralímpica brasileira do tênis de mesa.
“Quando entrei pela primeira vez na Arena Sul fiquei com lágrimas nos olhos, havia toda aquela gente e muitos estavam torcendo por mim. Fiquei muito animada e ao mesmo tempo orgulhosa de tudo que fiz. Agora quero alcançar outro objetivo a todo custo, que é me classificar também para as Olimpíadas de Los Angeles. Eu darei tudo de mim”, declarou.
O velocista Gabriel Garcia, por sua vez, se tornou o primeiro brasileiro a ser convocado para os Jogos Paralímpicos e Olímpicos na mesma temporada.
Membro da equipe o revezamento 4×100 metros nas Olimpíadas de Paris, o atleta voltará às pistas do Stade de France para guiar Jerusa Geber, bronze em Tóquio-2020 nos 200 metros da categoria T11 (atletas com deficiência visual).
“Será maravilhoso voltar a competir em Paris. Não só pelo clima das Olimpíadas e da Paralimpíadas, mas também pela sensação que sinto de ter cumprido o meu dever”, afirmou.