Estive participando no dia 07 de abril da audiência pública que discutiu a infraestrutura e a segurança das três pontes sobre o Rio Paraguai no município. A ponte rodoviária no Porto Morrinho, a ferroviária de Porto Esperança e a ponte de captação de água, no Canal do Tamengo, foram alvos do debate, e contou com a participação de representantes da concessionária da hidrovia, da mineradora Vale, da Sanesul, da Marinha do Brasil, e de vereadores de Corumbá e Ladário. O deputado estadual Humberto Rezende Pereira, participou e levou a preocupação dos Ladarenses e Corumbaenses acerca desta questão tão premente. A Ponte Poeta Manoel de Barros, localizada no Porto Morrinho e que liga Corumbá ao restante do Estado, desde que foi inaugurada em 2001, tem ocorrido manutenções externas e de sinalização, entretanto durante esse tempo, vários acidentes com barcaças que colidiram nos dolfins de proteção foram registrados, o que está comprometendo a estrutura da ponte e colocando em risco a segurança rodoviária e hidroviária no local. O último acidente ocorreu no dia 1 de abril de 2017.
Esse assunto é mais sério do que imaginamos. O deputado Beto Pereira discursou: “A Ponte está com um dos quatro pilares sem o dolfin, que são peças de concreto que protegem a sustentação da estrutura da ponte. De acordo com os relatos, se um novo acidente ocorreu no local, a ponte poderá ser interditada tanto para o tráfego rodoviário quanto rodoviário. Isso será um retrocesso para Corumbá e Ladário”. Em contrapartida em tom de tranquilização, revelou Eduardo Duque, gerente regional da Sanesul. Por outro lado, o coordenador geral da Ahipar na cidade, Marcos Henrique Derzi Wasilswski, informou que estão com um projeto no Ministério das Cidades para construção dos dolfins e encamizamento dos pilares de sinalização da ponte de captação de água, no encontro do Canal do Tamengo com o Rio Paraguai. Além disso. “O projeto, no valor de R$ 16 milhões, foi protocolado no ano passado no Ministério e estamos aguardando a liberação de recursos.
A Ponte Poeta Manoel de Barros está sob a responsabilidade de uma concessionária que explora o pedágio no local e que tem contrato com o Estado de Mato Grosso do Sul por um período de 13 anos e nove meses. A fiscalização da hidrovia por onde passam barcaças de grãos, minérios e gado, está a cargo da Marinha do Brasil. “Precisamos saber de quem é a responsabilidade pela manutenção da ponte e quando as providências serão tomadas para evitar prejuízos futuros. Precisamos saber também como está sendo feita a fiscalização no rio para evitar que novos acidentes ocorram. Se não encontrarem uma solução definitiva para esse problema, sou a favor de que medidas mais drásticas sejam tomadas, como o fechamento da hidrovia, até que as decisões sejam tomadas para recuperar a ponte e garantir a segurança rodoviária e hidroviária”, asseverou o deputado, que levou a questão diretamente ao Governador do Estado e estará acompanhando de perto o desenrolar dos acontecimentos. São medidas necessárias e que precisam ser encontradas e colocadas em práticas com a devida brevidade. Olemar Tibães, gerente da Vale em Corumbá, também participou da audiência e está ampliando os estudos que possam auxiliar. Estaremos acompanhando, se as empresas responsáveis pela destruição do dolfin e colisão com a ponte, foram penalizadas ou multadas e relatando tudo aqui na nossa coluna semanal.
*Assessora Executiva