Hoje, 14 de abril, é o Dia Mundial da bebida queridinha dos brasileiros: o café. Dados da Organização Internacional do Café (OIC) apontam que o Brasil domina um terço da produção global do produto. Por isso, dificilmente encontramos alguém que recuse uma xícara de um bom cafezinho. Mas em torno desta bebida existem alguns mitos e um deles é de que ele pode causar vício.
O professor de Nutrição da Estácio, Klauberth da Silva Reis, é taxativo: o café não vicia. “Na verdade não existe essa história de vícios alimentares. O que de fato acontece é uma questão psicológica, que podemos dizer que a pessoa acaba criando uma afeição mesmo pelo alimento. Então essa história de vício de café, vício por doces, ou por chocolate é um mito”, completa.
Segundo ele, a depender do perfil de cada pessoa, algumas podem desenvolver um gosto mais específico, não só pelo café, como por qualquer outro alimento. “Mas isso não é vício!”, reforça, lembrando que é necessário, inclusive, se ter cuidados com o exagero no consumo dessa bebida.
Ele explica que o problema não está no café em si, mas na substância principal da bebida que é a cafeína. Portanto, o professor reforça que o ideal é buscar fazer o uso moderado do café. “A Organização Mundial da Saúde recomenda, no máximo, três xícaras de café ao dia, sendo cada uma delas em torno de 200 ml”, orienta.
Para o especialista, o problema só vai existir no exagero do consumo. “Excesso, como tudo na vida – e quando a gente fala de nutrição o excesso pode trazer alguns malefícios, por exemplo, às pessoas com doenças cardiovasculares, hipertensão, pode, justamente, potencializar esse problema”, explica.
Outra recomendação do professor de Nutrição é quanto ao consumo pelas crianças. Segundo ele, o ideal é que os pequenos consumam apenas uma xícara de café por dia. Ele dá outra dica: “O recomendado é que o café seja consumido no momento que ele foi preparado, no máximo, até 30 minutos depois porque após esse tempo ele começa a oxidar, e vai ter alguns compostos que modificam tanto o paladar da bebida quanto, de fato, a sua própria qualidade. Então, não é interessante, não só pra criança, mas como também para qualquer consumidor beber café do dia anterior”, reforça.