O chamado Vazio Sanitário, período de total ausência de plantas de soja, é considerado uma ferramenta eficaz no combate a ferrugem asiática, doença que pode comprometer significativamente a produtividade da oleaginosa. A orientação foi repassada durante o lançamento da campanha “Plantando com responsabilidade, se colhe com qualidade”, na manhã desta terça-feira (21), no auditório da Governadoria, cujo objetivo é mostrar ao produtor a importância de se respeitar esse período.
Durante 90 dias, o produtor fica proibido de plantar o grão e precisa, inclusive, eliminar todas as plantas voluntárias. O prazo vai até o dia 15 de setembro. Além de Mato Grosso do Sul, outros 11 estados e o Distrito Federal adotam a medida.
O presidente da Fundação MS, Luis Alberto Moraes Novaes, explica que o Vazio Sanitário é uma medida importante, que evita possíveis transtornos nas lavouras. “É necessário que os produtores tenham consciência de que é necessário esse tempo sem o cultivo da soja e sem que haja plantas remanescentes, para que a próxima safra não seja prejudicada com determinadas doenças”, afirma.
Novaes aponta que Mato Grosso do Sul tem tido bons resultados no controle da ferrugem, mas que isso poderia ser drasticamente revertido caso não houvesse uma ação efetiva em relação ao respeito do Vazio Sanitário. “Isso poderia acarretar em aumentos sucessivos de custos de produção, bem como maiores intervenções com a utilização de defensivos agrícolas, o que pode ser evitado com bom manejo das lavouras e respeito ao prazo”, orienta.
O secretário de Estado da Produção e Agricultura Familiar, Fernando Lamas, afirma que o grande desafio relacionado ao período onde não se cultiva a soja é a questão da geração de renda. “É preciso reduzir custos sem impactar negativamente na produtividade. Por isso, práticas como Vazio Sanitário devem ser difundidas. Se algum produtor deixar de adotar a medida, a eficiência de produção poderá ser afetada”.
A campanha foi desenvolvida pelo Governo do Estado, Sepaf – Secretaria de Estado de Produção e Agricultura Familiar e Iagro, e conta com a parceria do Sistema Famasul, Aprosoja/MS, Fundação MS, Embrapa e Agraer.
Fonte: Sato Comunicação