Neste dia histórico para o futebol corumbaense, muitas lembranças de torcedores e especialmente de jogadores que fizeram parte da equipe campeão de 1984 vêm à tona. Uma dessas memórias vem de um dos membros da equipe da atual gestão municipal. O subsecretário de Finanças do governo Ruiter Cunha de Oliveira foi campeão naquele ano, fez parte do time vitorioso daquela conquista inédita para o Corumbaense Futebol Clube, há 34 anos.
Mário Sérgio de Aguiar Siqueira, um dos maiores torcedores do Corumbaense neste domingo, já sentiu a emoção de ser campeão estadual, ele era zagueiro na equipe do Corumbaense e atuou em 90% das partidas realizadas durante o campeonato daquele ano. Somente na última partida, Mário Sérgio estava lesionado e ficou fora do jogo, sendo substituído pelo jogador Binha.
“Tenho saudades daquela época porque o Corumbaense era praticamente uma família que tinha dirigentes como Clévis Curvo da Costa, José Roberto Aparecido da Costa, que até hoje está na diretoria do clube, Carvalho Sobrinho e vários outros homens que verdadeiramente amavam o futebol e foram os grandes responsáveis por formarem aquele grande time campeão de 1984, sem esquecer, é claro do Alfredo Zanlutti Júnior”, recordou Mário Sérgio.
Ele destacou também o trabalho de dois grandes treinadores. Um deles era Celso Azevedo, que armou o time campeão tendo a base formada por jogadores “pratas da casa” como Negão, Aires, Dutra, Binha e vários outros, logo em seguida, veio o Da Silva que chegou para dar os últimos retoques na formação do time e, finalmente, ser campeão. Mário Sérgio teve que parar de jogar futebol porque precisou extrair os dois meniscos dos joelhos, por isso, hoje não pratica o esporte nem por hobby. Formou-se em Ciências Contábeis e hoje faz parte da equipe de governo da Prefeitura de Corumbá.
“Eu acho que o Corumbaense só chegou à final do campeonato deste ano graças ao empenho pessoal do prefeito Ruiter Cunha de Oliveira que desde o mês de dezembro vem apostando todas as fichas na formação dessa equipe e, agora como subsecretário de Finanças, sei o quanto é importante a participação do poder público, esse apoio na formação de um time campeão. Vou estar na arquibancada neste domingo sofrendo mais do que quando tinha que enfrentar os maiores centroavantes”, disse Mário Sérgio.
O secretário também lembrou que um grande centroavante que enfrentava sempre era o Lima, que jogava pelo Operário e mais tarde jogou no Grêmio, Corinthians e na Seleção Brasileira de Futebol, um dos maiores de seus adversários durante os jogos. Ele também nunca esqueceu de seu apelido. “O rei da garra”, como era conhecido, quando zagueiro central. O codinome foi criado devido à crônica esportiva feita principalmente por João Luiz, comentarista da Rádio Clube daquela época.