No dia 10 de novembro, a partir das 19h30, o Canal Brasil exibirá uma maratona de filmes produzidos no início dos anos 2000 e que ganharam continuações nos últimos anos ou cujas sequências ainda vão chegar às telonas. Como forma de mostrar a relevância do cinema brasileiro, além de trazer memórias especiais para os espectadores, a maratona apresenta: “O Auto da Compadecida” (2000), de Guel Arraes; “Ó Paí, Ó” (2007), de Monique Gardenberg; “Estômago” (2007), de Marcos Jorge; “Cidade de Deus” (2002), de Kátia Lund e Fernando Meirelles; “Bruna Surfistinha” (2011), de Marcus Baldini; e “Deus é Brasileiro” (2001), de Cacá Diegues.
Em “O Auto da Compadecida”, de Guel Arraes, que terá sua sequência lançada no dia 25 de dezembro nos cinemas, a dupla João Grilo (Matheus Nachtergaele) e Chicó (Selton Mello) vivem enganando as pessoas da cidade de Taperoá, no Sertão da Paraíba e são salvos pela Nossa Senhora (Fernanda Montenegro). O “Auto da Compadecida” é adaptado de uma peça teatral do escritor paraibano Ariano Suassuna, de 1955.
Com Lázaro Ramos e Dira Paes, “Ó Paí, Ó”, de Monique Gardenberg, retrata diversos personagens de um cortiço no centro histórico do Pelourinho, em Salvador, que têm uma paixão em comum pelo Carnaval e antipatia pela síndica do prédio. A continuação do filme teve sua estreia em novembro de 2023 nos cinemas. Já em “Estômago”, de Marcos Jorge, Raimundo Nonato (João Miguel) é um migrante nordestino que saiu de sua terra em busca de melhores condições de vida na cidade grande. Ele é contratado para trabalhar em um bar no centro histórico de São Paulo, mas seu talento como cozinheiro chama atenção de todos. “Estômago 2” foi lançado em agosto deste ano nos cinemas, após 17 anos.
Dirigido por de Kátia Lund e Fernando Meirelles, no longa “Cidade de Deus” Dadinho (Douglas Silva) e Buscapé (Alexandre Rodrigues) são moradores da favela carioca Cidade de Deus e cresceram juntos, mas suas vidas divergem quando um se torna fotógrafo e retrata o cotidiano da região, enquanto o outro vira chefe do tráfico. Em 2012, foi lançado o documentário “Cidade de Deus – 10 Anos Depois”, de Cavi Borges e Luciano Vidigal, que mostra as transformações vividas pelos atores na última década. Neste ano também chegou aos streamings o spin-off “Cidade de Deus: A Luta Não Para”, série que retrata o impacto dos conflitos entre policiais, traficantes e milicianos na vida dos moradores da comunidade a partir da saída do jovem traficante Bradock (Tiago Martins), dos conflitos com o chefe do morro Curió (Marcos Palmeira) e registros de Buscapé (Alexandre Rodrigues).
A sessão especial também conta com o longa “Bruna Surfistinha” (2011), de Marcus Baldini. Baseado em uma história real, Raquel (Deborah Secco) era uma jovem de classe média que estudava em um colégio tradicional, mas resolve sair de casa e atuar como garota de programa. Ela ganhou destaque nacional ao repercutir suas experiências em um blog que virou livro e best-seller intitulado “O Doce Veneno do Escorpião: o Diário de uma Garota de Programa”. A sequência está em produção.
A maratona encerra com a exibição de “Deus é Brasileiro” (2001), de Cacá Diegues. Protagonizado por Antônio Fagundes, Deus está cansado dos erros da humanidade e resolve tirar férias. Para buscar um substituto ideal no Brasil, roda o país com a ajuda do seu guia Taoca (Wagner Moura).
Sessão Especial
Horário: Domingo, dia 10/11, a partir das 19h30
“O Auto da Compadecida” (2000) (95’)
Horário: Domingo, 10/11, às 19h30
Classificação: Livre
Direção: Guel Arraes
Sinopse: As aventuras dos nordestinos João Grilo (Matheus Nachtergaele), um sertanejo pobre e mentiroso, e Chicó (Selton Mello), o mais covarde dos homens. Ambos lutam pelo pão de cada dia e atravessam por vários episódios enganando a todos do pequeno vilarejo de Taperoá, no sertão da Paraíba. A salvação da dupla acontece com a aparição da Nossa Senhora (Fernanda Montenegro). Adaptação da obra de Ariano Suassuna.
Ó Paí, Ó (2007) (96’)
Horário: Domingo, 10/11, às 21h15
Classificação: 14 anos
Direção: Monique Gardenberg
Sinopse: Em um animado cortiço do centro histórico do Pelourinho, em Salvador, tudo é compartilhado pelos seus moradores, especialmente a paixão pelo Carnaval e a antipatia pela síndica do prédio, Dona Joana. Todos tentam encontrar um lugar nos últimos dias do Carnaval, seja trabalhando ou brincando. Incomodada com a farra dos condôminos, Dona Joana decide puní-los, cortando o fornecimento de água do prédio.
Estômago (2007) (100′)
Horário: Domingo, 10/11, às 22h55
Classificação: 16 anos
Direção: Marcos Jorge
Sinopse: Raimundo Nonato encontra um caminho alternativo, uma vida própria: ele cozinha para sobreviver e encontrar um lugar na sociedade.
Cidade de Deus (2002) (130’)
Horário: Segunda, 11/11, à 0h50
Classificação: 16 anos
Direção: Fernando Meirelles e Kátia Lund
Sinopse: Os caminhos de duas crianças divergem nas favelas do Rio, enquanto um se esforça para se tornar um fotógrafo e o outro um chefe do tráfico.
Bruna Surfistinha (2011) (109’)
Horário: Segunda, 11/11, às 3h
Direção: Marcus Baldini
Classificação: 16 anos
Sinopse: Raquel (Deborah Secco) era uma jovem da classe média paulistana, que estudava num colégio tradicional da cidade. Um dia ela tomou uma decisão surpreendente: saiu de casa e resolveu virar prostituta. Com o codinome de Bruna Surfistinha, Raquel viveu diversas experiências “profissionais” e ganhou destaque nacional ao contar suas aventuras sexuais e afetivas num blog, que depois virou um livro.
Deus É Brasileiro (2003) (110’)
Horário: Segunda, 11/11, às 4h50
Classificação: 12 Anos
Direção: Carlos Diegues
Sinopse: Em Deus é Brasileiro, cansado de tantos erros cometidos pela humanidade, Deus (Antônio Fagundes) resolve tirar umas férias dela, decidindo ir descansar em alguma estrela distante. Para tanto precisa encontrar um substituto para ficar em seu lugar enquanto estiver fora. Deus resolve então procurá-lo no Brasil, país tão religioso que ainda não tem um santo seu reconhecido oficialmente. Seu guia em sua busca é Taoca (Wagner Moura), um esperto pescador que vê em seu encontro com Deus sua grande chance de se livrar dos problemas pessoais. Juntos eles rodarão o Brasil em busca do substituto ideal.