Cantora Selma Rios é confundida com a amiga Selma Reis, falecida de câncer dia 19

Com uma pequena diferença no segundo nome de trabalho, Selma Rios tem sido confundida com a cantora Selma Reis, que faleceu de câncer último dia 19/12, aos 55 anos de idade. Selma Rios era amiga de Selma Reis e conta que recebeu mensagens e telefonemas logo após a notícia da morte de Selma Reis pela imprensa.

Recebi telefonemas, mensagens de fãs e amigos preocupados comigo, me confundindo com a minha amiga e tremenda cantora Selma Reis. É uma honra, mas é chato, não é o momento. Eu sou como um gato, tenho 7 vidas. Não sei quantas já perdi, mas ainda tenho uma. Obrigada a todos pela preocupação, mas a perda da Selma (Reis) devastou o mundo da música, do teatro, acabou com nossos corações”, disse Selma Rios

Selma Rios contou como conheceu Selma Reis. Em 1990, ela entrou para a antiga sociedade Nancim, do falecido José Reis. Na época, Selma iria receber pelos direitos autorais da música “Tara”, de composição própria, só que o cheque foi recusado pelo banco, o nome não batia. Então ela percebeu que o nome destinado não era o dela e, sim, o de Selma Reis. Selma Rios conta que devolveu o cheque na ECAD (Escritório Central de Arrecadação e Distribuição no que tange os direitos autorais) que, coincidentemente, lá havia a mesma música, “Tara”, com o mesmo título.

“Fiquei curiosa e fui atrás da minha xará para conhecê-la. Ficamos amigas. Anos depois, trabalhamos juntas no antigo ‘Asa Branca’. Foi assim”, conta Selma Rios.

Selma Rios pensou que a notícia da morte da amiga fosse um trote. Só acreditou quando o “Sindicato dos Músicos do Rio de Janeiro” confirmou.

“Levei um susto, me isolei na casa da Dil Mendonça (cantora e apresentadora de canal a cabo), não sei porquê, mas precisei. Agora creio que estou bem. A morte é impiedosa e sem explicação… mas o câncer é maldito”, continuou Selma Rios.

Petropolitana e carioca de coração, com mais de 30 anos de carreira, Selma Rios tem a arte no sangue, iniciada aos 9 anos de idade sob a lona de um circo. Desde menina, fugia para fazer seus shows e cantar em programas de calouros em rádios, TVs e até em festas de rua. Só por amor à arte. Cantava qualquer tipo de música, do romântico ao forró, sempre com muito sucesso. Já dividiu o palco com vários artistas, como Elza Soares, Neguinho da Beija-Flor, Dafé, Jorge Aragão, Dudu Nobre e Cauby Peixoto. Gravou seu 1º. disco em 1977 pela extinta gravadora CBS, “AMA-ME”, com autoria de Chico Xavier e as regências dos Maestros Eduardo Lage e Agostinho Silva. Em 1982, ganhou o Festival de Música da Faculdade SOMLEY, com música de sua autoria intitulada “Canção das Flores”. Em 1985, gravou “Nem Morta” no disco “CONSTELAÇÃO MAIOR”, de músicas de carnaval. Viveu um grande momento em 1995 quando lançou o CD “TARA”, pela UMC Discos, tendo como maior sucesso a música que deu título ao CD, de sua autoria e Jean Marcel. Em 2001, realizou o show “DEIXA ACONTECER” no Teatro Rival em exibição memorável para um teatro com lotação esgotada. Apontada em 2007 pela Rádio Band revelação do ano como uma das mais lindas vozes, tendo conquistado o TROFÉU BAND. Gravou um dos últimos CD’s, o “TEMPERATURA MÁXIMA”, no qual traz uma mistura gostosa de axé, românico, samba e até mesmo música latina.

Semana passada Selma Rios fez o evento “Selma Rios In Grande Night Premier”, onde ela reconhece com prêmios os maiores destaques no mundo cultural do ano. O evento, inclusive, ocorreu na Sexta, dia anterior à morte de Selma Reis.

Selma também está em estúdio gravando para o novo CD “Na Estrada”, o qual será lançado em seu aniversário, 27/03/2016