O Chevrolet Monza foi lançado em 1982 no Brasil e seu projeto vinha da base do Opel Ascona alemão. Por aqui, o modelo colecionou tantos predicados que não demorou para se tornar o carro mais vendido por três anos consecutivos (1984,1985 e 1986) eleito carro do ano de 1983, 1987 e 1988.
Dessa primeira geração, o Chevrolet Monza Classic SE 500 EF 2.0i, igual a este 1990 Preto Nobre perolizado das imagens, é um modelo altamente colecionável e disputado por entusiastas e colecionadores. O nome “500 EF” fazia referência ao piloto Emerson Fittipaldi por ter vencido em 1989 a prova das 500 Milhas de Indianápolis com um F-Indy de motor Chevrolet.
Segundo a loja especializada em carros clássicos e raros, o 500 EF passou recentemente por um processo de restauração da pintura da carroceria. “No caso do nosso Monza, até o toca-fitas original e a antena elétrica foram revisados”, detalha.
Outro detalhe curioso é o jogo de pneus Goodyear Eagle GT+4 185/70 R13 de época com o DOT 260, ou seja, 26ª semana de 1990, que foram preservados e voltaram a ser calçados nas lindas rodas restauradas de aro 13.
Com 139 mil km, o Chevrolet Monza 500 EF parece 0 km de tão novo e preservado e seu preço é de R$ 100 mil, de acordo com vendedor da loja.
“Na época dos anos 1990, o Monza 500 EF era um dos veículos mais luxuosos que se podia comprar no Brasil. É um carrão com muita tecnologia para a época e que a cada dia está se tornando mais raro de ser encontrado”, explica.
Monza 500 EF: luxo era o que mais prevalecia
Falando em tecnologia, a série 500 EF – ao contrário das demais versões do Monza – trazia um motor 2.0 alimentado por injeção eletrônica multiponto de combustível Le-Jetronic fornecida pela Bosch que dava ao Monza 116 cv de potência e 17,8 kgfm de torque rodando com gasolina.
Em companhia do câmbio manual de cinco marchas, o sedã ia de 0 a 100 km/h em 10,8 segundos, ou 0,5 s mais lento que seu único opositor Volkswagen Santana EX com o 2.0 de 125 cv e 19,5 kgfm emprestado do Gol GTI. Em velocidade final, o Monza também perdia um pouco, 173 km/h contra 182 km/h do sedã da VW, segundo dados de fábrica.
Se o Santana ganhava em desempenho, o Chevrolet Monza 500 EF apostava no luxo e na sofisticação. Sua inspiração vinha da versão de luxo Classic SE, mas com alguns mimos a mais como vidros mais escuros, volante e bancos revestidos em couro, vidros mais escuros, rádio/toca-fitas removível e até computador de bordo, tudo de série, além, é claro, da injeção eletrônica de combustível.
Outra peculiaridade do 500 EF estava nas cores exclusivas oferecidas como a preta Nobre das fotos, além da vermelha Rodes, também perolizada. Além da tonalidade da carroceria, o cliente poderia optar pela configuração de quatro ou de duas portas, lembrando que na época, esta última ainda predominava bastante em sedãs. Porém, no caso do rival Santana EX, este só vinha com quatro portas.
Outra exclusividade da série especial estava nas faixas adesivas laterais com a inscrição “500 EF”. O toque final ficou por conta do discreto aerofólio traseiro exclusivo preso à tampa do porta-malas.
Limitada a 5 mil unidades, coube ao sedã ser o primeiro carro nacional da Chevrolet a adotar a injeção eletrônica de combustível, um ânimo até a chegada do Monza reestilizado que ficou conhecido como Tubarão.